Yas-nay.

 Eu fiz pra ela. Escrevi pra ela. Escrevi uma frase feita ou duas, talvez três bobagens relacionadas a coisas banais, mas eu fiz pra ela. Fiz sim, pra ela que gosta de ler os meus bilhetes de boteco, poesias chulas e mal acabadas, palavras clichês se entrelaçando como se forma uma pequena colcha de retalhos que acaba por fazer parte de todas as suas noites de sono. Cobrindo-lhe a alma, o pensamento e os olhos, numa paz quase inexplicável.
 Eu diria, Yasnay, Yas-nay, ou como você preferir, que existem três tipos de coisas que já me contaram de você ou que eu já li sobre você. Primeiro que existem livros e você faz parte de um conto qualquer, segundo que você existiu na minha vida e nem sequer pensou em partir nos dias de minha derrota e terceiro que você ainda estende as mãos pra poder me segurar quando meus olhos estão vendados pelo destino. É engraçado como uma linha não pode tecer sem ter uma agulha e de vez em quando, eu começo a acreditar que você é a minha. Eu tenho várias. Você é uma delas. Você tece a vida aos poucos comigo e no final feliz que a gente espera, há de encontrarmos um belo vestido com todas as cores belas que podemos enxergar nesse mundo tão estranho.
 Já tentou repetir seu nome várias vezes? Já chamou por alguém que nunca lhe respondeu e já acreditou no que ninguém havia antes visto? É, eu acho que é assim que funciona com você e com seus cabelos encaracolados à Rita Baiana, como você realmente se parece e um pedido a mais pra que você arranque de meu rosto um pequeno sorriso torto quando tudo parece estar indo para o lado errado. Que lado errado? Se é que existe um lado errado, mas lá está você e de olhos abertos pra nunca mais fecha-los.
 Yas-nay. É um textinho pra você, Nay-Yas, ou como você preferir.

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