Archive for abril 2011

Olhos cor-do-céu.

Que olhos mais lindos. Eram da cor do céu e faltava-lhe as nuvens.
Talvez um avião, passaros ou algo parecido. Um arranha-céu.
Aqueles olhos pareciam ser o céu de tudo, do mundo inteiro, parecia que tudo parava para observa-los. Sei lá, eram azuis demais.
E não ventavam. E eram ternos. E tinham amor.
Amor demais, não sabia que um céu podia amar.
Um céu sem nuvem, sem chuva, um céu perfeito, um céu de verão.
Mas o sol era escuro, escuro demais.
Me pergunto o que acontece quando as nuvens aparecem. E chovem.
Será que quando alcançarem a terra, farão bem?
Talvez façam mal, talvez aquele sol se esconda.
Talvez aquele sol nem exista. É um brilho próprio.
Talvez eu nem soubesse dos olhos cor-de-céu.
E são independentes, o sol é escuro.
E brilha tanto quanto aqueles meus olhos cor-de-mar.
Que há muito tempo, só vem sido atacado por tempestades.
É possível sim, que o mar se complete com o céu?
E formem então, os horizontes dos nossos olhos cor-de-mar e cor-de-céu

Leave a comment

Rio de Janeiro.

Aquele doce som ecoava pela sala, em meia luz, quase escura e coberta por várias cortinas de fumaça que eu mesma exalava.
Estava sentada alí a horas e aquela bossa nova continuava a soar e se fosse preciso, se repetia, em melodias significantes.
Na verdade, se propagava pela madrugada escura lá fora, mais não tão escura assim. Eu enxergava nitidamente aquelas luzes lá embaixo, que iluminavam a praia como um todo, mesmo a escuridão sendo maior, as luzes davam uma beleza a mais para aquela noite.
Era a orla de Copacabana, linda, maravilhosa, indescritivel e que me deixava fascinada de observa-la durante a noite, mas não era ela quem me chamava tanto a atenção.
No fundo, observava-se, em cima daqueles morros, o Cristo Redentor. Tão iluminado quanto a orla de Copacabana e Ipanema, era maravilhoso e deixava aquela vista cada mais linda.
Eu me apagava, na meia luz e continuava naquele estilo nobre-carioca, perdida em pensamentos que não pareciam ter fim, que até se misturavam com aquele Chico Buarque que estava tocando agora.
Era um ecstasy, um prazer imenso.
Luzes de Copacabana, luzes do Cristo Redentor, luzes do Rio de Janeiro.
Que me perdoem, mais preciso de um café para observa-los durante a noite inteira.

Leave a comment

Café amargo e o sol de Ipanema.

Gostava de café. Amargo, de preferencia amargo.
Todo dia de manhã tomava o seu café no mesmo lugar de sempre, em algum canto de Ipanema.
E olhava o mar. E não sorria.
Enxergava o sol da manhã, como laranja. As vezes enxergava como um azul, bem intenso.
Que escurecia então, o céu do Rio de Janeiro.
Mais ele preferia o azul escuro intenso, afinal, o brilho que continha em seu olhar quando observava era maior do que o reflexo do sol no mar.
E contemplava. E admirava. E perdia seu tempo.
Acompanhado sempre de sua solidão, que era sua melhor aliada.
E não se entristecia. Não sabia sorrir.
Franzia a testa, com um ar de sabe-tudo e não sabia nada.
Mas tomava seu café, sozinho, em Ipanema, as 4 da manhã.

Leave a comment

Maio.

Abril está chegando ao fim, Maio está para se iniciar.
O céu continua azul, as flores continuam exalando seus odores e meus olhos continuam tremulos e assustados.
Minhas mãos, cansadas, se apegam ao bem-mal que me fez todo aquele blá blá blá. E resticulos de conversas. E pensamentos. E memórias. E lembranças.
Que dançavam, com as folhas que caem, amareladas e secas, não tão frias quanto eu, mais que dançavam ao som do vento.
Sem pudor nenhum, era tempo de gritar sua liberdade, fugir daquele lugar e se perguntar se poderia ir até Vênus.
Talvez dar uma volta, talvez conhecer Júpiter ou Saturno.
Talvez desaprender o que sabe sobre a vida para começar tudo de novo.
Pegar sua flor predileta e leva-la consigo, sobre o mar, que lhe sorri uma nova aventura.
Que talvez possa ser uma nova desventura.
Ou não, talvez... Talvez mesmo ele fique por lá.
Mas ainda quer tirar férias nas belas poeiras de Vênus.

Leave a comment

Pequenas rimas.

Queria tanto que não posso e nem sei o mais o que é poder.
Eu tento tanto que me esforço e já perdi as intenções ao me entender.
Quando me deito, penso demais que me esqueço da realidade.
E as vezes me recuso a acreditar nessa única verdade.
Que me rodeia, faz dos meus dias uma grande confusão.
Perdidas, numa grande cidade, entre milhares de pessoa sem nenhuma razão.
Eu me vejo então, depois daquele pesadelo, pedindo por você.
E nada, mais não há nada que eu possa fazer.
Se eu pudesse, você me deixaria entrar na sua vida?
E fazer de você, a minha única passagem de ida?
Para viver contigo, entre nada que faça sentido nesse mundo.
Que eu queria tanto que fizesse sentido.
Se eu pudesse, eu te diria agora.
Que meu orgulho, não existe, nem a qualquer hora.
Acho que por você, eu sou tão vulneravel e fragil.
Que perdi a noção de como era ser forte e agil.

Leave a comment

Eu e ela.

Ela enjoa, ela muda e se diverte.
Eu me calo, explodo em palavras, escrevo-lhe cartas, diários e em vários outdoors o que eu justamente não sei lhe dizer.
Ela vive, ela respira, ela sorri.
Eu fico presa, sem saber o que dizer, penso tanto, finjo na hora para rir.
Ela me diz coisas e depois muda de idéia.
Eu acredito, eu desacredito, eu iludo, minto e me calo.
Ela ama a si mesma, sua liberdade.
Eu escrevo em tijolos, aparencias e mascaras que fujo dessa realidade.
Ela tem outros e outras, pode com quem quer, faz o que quer.
Eu quero somente a ela, aos seus erros e defeitos, as suas melodias.
Ela tem medo, talvez não sinta nada, talvez queira segurança.
Eu lhe dou, estou longe, nada posso fazer se não me queres.
Ela se cansou.
Eu me quebrei.
Ela se foi.
Eu me despedacei.
Ela vai voltar?
Eu não sei, mais levou consigo o que eu entendia por "amar".

Leave a comment

Cúmplices de um crime perfeito.

Sussurrava em meio a suspiros. A noite estava congelante e me faltava coragem. As luzes estavam apagadas, aquela neve caía e não ouvia-se nada, nem os carros que de costume, sempre passam por ali, mesmo sendo tarde da noite. Um suspiro seguido de dor, pensava eu, acompanhada pelo alcool alí presente e aquela música tão suave para meus ouvidos... Algo não muito agitado, que combinasse perfeitamente com aquele sentimento terrível de saudade. Sério, saudade. Eu sentia falta. Uma carta, abandonada, em cima da mesa presa apenas por uma caneta preta, simbolizava uma grande parte de meus pensamentos alí escritos, aquela saudade descrita e assinada, colaboravam para o meu assassinato, para minha tortura pessoal que não tinha mais cura. Nenhuma. Só ela. Meus olhos, avermelhados e um pouco cansados observavam pelo vidro da sala, aquela noite escura e solitária. Não conseguia nem ver a lua e logo me sentia mais sozinha. Só sentia o frio intenso daquele vidro tentar invadir a minha pele, que não estava muito quente, mas não deixava-se invadir. Minhas mãos, geladas, não tocavam mais nada há tempos. Nem meu violão. Estava mudo, estava sem cor, estava cansado e pedia arrego. As únicas coisas que elas tocavam eram meus bolsos, profundos e solitários que nem quentes estavam. Justamente como eu, procuravam refúgio. Suspiros e mais suspiros pois todas as lágrimas já tinham secado. Era melhor assim mas acho que no final do dia, da noite, eu era melhor estando com ela. Bem, eramos melhores estando juntas e eu era bem melhor quando fazia brotar daquele rosto divino aquele sorriso incrivel, que eu tanto gostava de observar. No frio do insignificante dia, mais um daqueles em que eu só respiro e não faço mais nada. Nada. Nada além de nada.

Leave a comment

Girls got a love like 'woe'

She's got a love like woe, girls got a love like woe. I kinda feel like it dont make sense, because you're bringing me in and now you're kicking me out again. Loved so strong, then you moved on, now Im hung up in suspense, because you're bringing me in and then you're kicking me out again


Love Like Woe - The Ready Set

Leave a comment

Me against the world.

As vezes, eu realmente queria acreditar no que o mundo me inteiro diz. Sei lá, quando te dizem algo que você realmente gostaria de acreditar que é, mais no fundo, sabe que não é, então prefere ficar calado. Então, se afogar na miséria de cada dia se tornou mais facil ainda, seus sonhos e seus "contos de fadas" não significam nada. Aí então, esse mesmo individuo começa a se tornar amargo. As pessoas dizem que ele está insuportavel, está um idiota, está isso e está aquilo, acreditam que é pelo motivo de estar se esforçando por algo que realmente quer, mas no fundo estão enganadas. Ninguém sabe o que é e essa dor continua. É um maldito sufoco, como se estivesse vivendo uma vida naqueles castelos escuros da época feudal, aonde sua melhor companhia era a solidão, o cheiro de mofo e as gotas que caíam do teto. Entretanto, é algo que vai destruindo aos poucos... Um sentimento de tortura, que vai lhe tirando a vida pouco a pouco, até chegar ao fim sem ter nenhuma solução para voltar... Cheguei ao fim. E machuca, pois ninguém se importa, ninguém sabe como é, apesar de vários continuarem a insistir que estão preocupados e que sabem como me sinto, ninguém sabe. Só eu sei e eu prefiro que ninguém conheça isso. É o extremo fim da linha... Sem passagem de volta. Sem se conhecer e sem mais paginas para sua história.

Leave a comment

Até o fim do dia.

Hoje eu não sei quem sou. Não sei meu nome, não me lembro de nada, não me reconheço. Me sinto como um estranho perdido no mundo, sem passagem de volta para casa... Afinal, onde é minha casa? Eu não sei. Eu não me sinto a vontade, como se não pertencesse a esse lugar. O calor intenso me abraça, meu coração acelera e não consigo me lembrar de nada, nem desse cheiro e muito menos desse ar todo que estou respirando. É como se definitivamente eu estivesse vivendo uma outra realidade, um outro problema sem solução, aonde nem os sonhos pudessem me salvar... Talvez eu não tenha cura. Talvez nem esse velho rádio que não para de tocar essas músicas saiba, talvez ninguém saiba... Talvez nem eu saiba. Eu não sei curar feridas e não sei fazer milagres, se nem ao menos sei quem sou. Posso ser um tipo qualquer que não se encontra em lugar nenhum, que ninguém conheça, que ninguém saiba. É quando eu tenho certeza de que ninguém me conhece, de que ninguém me pertence e de que eu não pertenço a ninguém, eu nem sei do que eles falam. Eu só sei escrever, escrever, escrever e rescrever cada pequena experiencia vivida nesse lugar tão incomum para mim, poderia voltar ao meu próprio mundo aonde eu tivesse certeza de tudo. Mais me encontro tão perdida que poderia me cegar nesse instante e deixar que o destino me levasse aonde quisesse mas não adiantaria em nada. Eu preciso enxergar, de novo, outra vez, mais um dia para poder crer e saber o que realmente sinto... Pois só eu sei o que sinto, ninguém sabe e nem ela sabe. Intenso, dominante, torturador e deprimente dentre meus suspiros até o fim do dia.

Leave a comment

Dança de dupla.

Ela se movimentava em cima de mim, ia e voltava junto com aquele prazer impecavel que nos tornava apenas um, sem cometer crimes, sem culpados. Aquelas curvas me envolviam perfeitamente e já podia me perder ao toca-las. Eu me envolvia. A cada movimentação, eu me perdia cada vez mais, só era capaz de sentir aquele suor escorrer pelos nossos corpos, unidos, quentes e que se encaixavam perfeitamente. Ouvia aqueles ruídos, gemidos, prazeres inexplicaveis. Ela me arranhava com tanta força, parecia aflita e pedia por mais, implorava por mais, aflita por prazer, queria mais e mais. Nesse instante, já a jogava na parede, com todas as minhas forças e ela respirava com dificuldade, ofegante e me olhava com aqueles olhos verdes tão inesqueciveis. E descobria. Até o meu mais intimo segredo ela desvendava com aquele olhar, com aquelas mãos, com o movimento dos lábios, com aquelas mordidas. E todo aquele calor, inexplicavel calor! Gemidos, sem odor, sem pudor durante uma madrugada extremamente chuvosa e fria, com as janelas embaçadas e os únicos sons capazes de se ouvir eram de seus gemidos, intensos, como todo seu corpo se movimentava intensamente junto ao meu... Eram movimentos de perfeita sincronia, como o mais lindo dos ballets. Eu dançava, ela dançava, no mesmo ritmo, sem parar, nos sufocando cada vez mais.

Leave a comment

Lembranças de um verão qualquer.

Possui os olhos mais amargos que eu já havia visto. O pequeno nariz combinava perfeita com aqueles olhos, doces. Os lábios eram perfeitos, principalmente quando ela os mordiscava. Isso a deixava completamente irresistivel. Grossos como dois rios sem sentido, perfeitos. As mãos, aquelas pequenas mãos tão suaves... Me tocavam e me apertavam, me seguravam e me pediam refúgio e eu as segurava, como nunca. Longas e lindas pernas, ficavam mais perfeitas ainda com aquela meia que vestia, até mesmo com o jeito que andava, o jeito com que se moviam em perfeita sintonia e me levavam até onde ela quisesse ir. Seu corpo, quente como nenhum outro, macio como o tecido mais frágil de todos, suave como um vinho, doce como nunca, perfeitamente escultural, transpirava ecstasy junto ao meu e se encaixava perfeitamente comigo. Aqueles olhos me acompanhavam, negros como a madrugada, me observavam atentamente mais admito que adorava quando demonstravam felicidade. Quando seus lábios se entreabriam para formar aquele sorriso lindo... O mais magnifico que eu jamais havia visto e que me faziam sorrir junto, me faziam deseja-la mais e mais, intensamente. São lembranças daquele dia que eu jamais esqueci e das palavras proferidas por ela. Sim, pela menina dos olhos mais docemente amargos que eu já havia visto. Se ela soubesse o quanto esses olhos me fazem falta...

Leave a comment

Drogas e vicios.

Ela se movia lentamente, sorria, me olhava nos olhos e me deixava completamente paralisada. Tinha todo o poder do mundo sobre mim e eu só me sentia um mero mortal debaixo de olhos tão poderosos, de lábios tão lindos e de um rosto tão perfeito. Enxergava-a perfeitamente naquele escuro enquanto sentia sua respiração em mim, tão perto, tão próxima e já não sabia o que fazer, me pegava completamente desarmada e possuída por aqueles lábios tão lindos, macios, amargos como o inferno e formosos. Suas mãos seguravam as minhas, com força, aquele odor tão doce que era só dela, me possuía, era como se fosse uma droga, algo que me deixasse completamente perdida, que me fizesse delirar e conhecer até mesmo o mais improvavel desejo existente nesse mundo. Ela me fazia assim. E de novo. E se movia e me envolvia. Minha droga favorita.

Leave a comment

Nicotina.

Eram apenas suspiros naquela noite e eu realmente me sentia tão bem... O prazer impecavel e o cigarro aceso no cinzeiro ao lado deixavam tão implicita a idéia de um pensamento qualquer que viesse e eu me ponho a escrever. Digo entre palavras e outras, metaforas e frases o quanto gosto do amargo em meus lábios, das gotas de alcool adentrando meu corpo, me fazendo transpirar em ecstasy em meio a milhares de pensamentos malucos, alucinados, esperando por uma resposta que os faça se acalmar. E se agitam, muito, o suficiente para explodirem em minha mente e três suspiros vem, longos e em sequencia, aflitos, eu diria, mais não tão aflitos quanto essa melancolia maldita de meus olhos que se estremecem em lagrimas salgadas e quentes, escorrendo pela minha face tão cansada. Outra cortina de fumaça se forma diante de meus olhos avermelhados, eles se fecham lentamente e logo se abrem, tendo a visão perfeita e nitida daquelas luzes naquela cidade naquela madrugada, tudo naquela vida tão solitária e bem, talvez eu sentisse falta mesmo. Me lembrava do verão, quando eu estava com ela e era capaz de abraça-la, toca-la, beija-la e tocar cada minima parte de seu corpo, fazendo-a estremecer em meus braços, arrepiada, se rendendo a mim, a cada toque, a cada beijo, a cada mordida e a cada momento, cada pequeno detalhe inesquecivel daquela bela noite. Aqueles olhos, ah sim, eles significaram muito! Eu podia fazer milhares de cortinas de fumaças, umas mais intensas que as outras, umas piores e as outras melhores, entretanto continuava assustada, com cada goticula de suor que escorria pelos meus poros, exalando o cheiro da nicotina em meu corpo, eu poderia enxergar aqueles olhos aonde estivessem, aonde fossem eu iria acompanha-los. E aqueles lábios também. E suas mãos, seus pés, suas pernas, seus cabelos, seu corpo por inteiro. Se fosse possivel, você por inteira.

Leave a comment

Pequenos olhos da imensidão.

Teus lindos cabelos negros ; Correndo como rios ; Longos, fortes, tenebrosos ; Como o sol na escuridão, formosos ; Que se encaixam com seus olhos ; Brilhantes porém pequenos ; Como uma gueixa na madrugada ; Enfim, tão bela e amada ; Por onde passa, tira suspiros ; Ai de se apaixonar aquele que se vê ; E se sentem, atordoados ; Esperando outra noite para poder lhe esquecer ; Porém, quando anoitece ; Misteriosamente desaparece ; Nitidamente na escuridão ; Pequenos olhos que refletem a imensidão ; Não tem medo, não tem ; Fala tão bem quanto quem ; É incrivelmente tão especial ; Que nada lhe faz mal ; Não se arrepende de nada ; Mas sumirá, na madrugada ; E não precisa se apaixonar ; Afinal, ela só é capaz de amar.

Leave a comment

Dos amados aos não amados, infelizes protagonistas.

Flores e mais amores ; Dores e odores ; Chocolates, presentes baratos ; Vidas em vão, palavras em atos ; Mentiras em verdades ; Suspiros em falsetes ; Amores verdadeiros ; Sentimentos baratos ; De vermelho, divina dama ; Que me enganas, que me enganas! ; Por fim, não me amas ; Por que, linda dama, me iludes? ; Respondes que me amas ; Não, não amas! Não minhas verdades ; Virtudes, vicios, cigarros ; Drogas, qualquer merda divina ; Que se põe a chorar, diante de carros ; Numa movimentada avenida ; Inexistente sentimento barato ; Tão e tão extrapolado ; Que me deixes, por favor ; Pois não sei se quero o amor ; Divina dama, dona da minha dor ; Do meu amor, da minha vida, do meu rancor ; De olhos sedentos e infelizes como os meus ; Procuram em você, felizes como os teus ; Movimentos, falsos e mentirosos ; Invisiveis aos meus tristes olhos ; Vermelhos de tanta lagrimas ; Rancor e cheio de magoas ; Machucado, então, levado ; A chorar, nos pés de um amado ; Por você, que tanto chorei ; Por ela, que tanto amei ; E por fim, que sempre esperei.

Leave a comment

Dos vermelhos divinos de sangue.

Sangrando lentamente pelos leitos desse rio ; Que levas toda minha dor embora, tanto frio ; Estremeço, me acolho, entra lágrimas e chuvas ; Quanta dor, quanto amor, quantas e quantas! ; Ai de dizer, de se exclamar, de se perdoar ; De se expor, de tanta dor de um amor, amar ; Sangra e sangra, tanto vermelho vivo naqueles mares ; Esquecestes mesmo de tudo que vistes ; Aparecestes então, encoberta, pela fria madrugada ; Dama, de rosas vermelhas, tão mesmo apaixonada ; Me desilude! Imploro, ajoelho e lhe peço com razão ; Para que por favor, tire toda essa dor de meu coração ; Pois não aguentaria mais viver apaixonada por aquela moça ; Que levou consigo toda minha felicidade, ô moça ; Devolvas o que é meu, o que me pertences, meu amor ; Não sei, juro que não aprendi a viver de tanta dor ; Se por favor, não quiseres me devolver ; Que me ame, que me faças crer ; Valerá a pena te amar? ; Deixar-me me machucar? ; Divina dama de vermelho tão vivo, tanto rancor ; Que me tires, por favor, toda essa dor. E mais uma vez, me atiro ao rio ; Sangrando e sem frio ; Com medo do medo, que seria o fim ; O medo da morte que para mim, dizia sim.

Leave a comment

Cigarros, bares e melancolia.

Estou destruída, completamente machucada, sem inspiração e me falta um pequeno detalhe... Saber o que queres. Porque não me deixastes ainda. Por que alimentas minha dúvida? Me deixando assim, completamente perdida em meio a tanta escuridão, ninfas tentadoras e sociedades de morte. Eu, por um lado, preferia essa morte para que acabasse com todo o meu sofrimento por te amar tanto assim... Meu bem, minhas rimas chorosas dizem o mesmo! Elas não sabem mais o que dizer para que você, finalmente, me diga a verdade. Se me amas ou se não me queres, por favor, se afaste. Leve consigo toda essa dor e me deixe livre de suas armadilhas de amor. Que me faça esquecer-te, eternamente, superficialmente. E que eu morra, de tanto amor... De tanta dor.

Leave a comment

Julho de 2010.

Era inverno e ora inverno gelado! Na minha cidade, não havia inverno tão gelado, não como esse. Estava eu, de carro, muito movimento na rua pois era tarde da noite... Pessoas seguiam seu rumo para sua casa ou talvez para outra festa na cidade, que vida noturna! Os vidros todos embaçados, estava rodeada por pessoas queridas, desde meu pai até minha prima e minha melhor amiga, sentadas e acomodadas no banco traseiro enquanto observavam o caos das ruas frias. Não eram nem onze horas da noite, não era nem meia noite e aquele transito parecia incomum. O rádio tocava, suavemente, cada canção e cada uma delas trazia um significado. Uma tão agitada outrora tão triste. Enquanto tocava, cansado, essas músicas tão agitadas para aquele sabado a noite, eu continuava a suspirar, esperando ansiosa pela grande noite que prometia muita felicidade. Então tocou, quando aquela melodia começou a soar, parece que de longe eu já reconhecia e no entanto, nem sabia o nome dessa música. "So maybe it's true and I can't live without you, maybe two is better than one..." E por que? Por que uma música que não significava nada de repente entrou no meu peito como uma avalanche pronta para destruir o que viesse a frente? Tanto que nada me restou. A imagem daquela garota, que eu havia perdido para outro alguém, logo se formou em minha mente e para disfarçar, iludia outros com essas palavras, dizendo que significava... Enquanto ela se abraçava com seu amor de olhos verdes, eu era torturada ouvindo essa música que me trazia pequenas e cruéis lembranças dela. Dela quem? Talvez daquela que eu ame e que esteja com seu outro bem. Bem-me-quer-mal-me-quer. Inverno sedento de 2010, congelou o que eu ainda poderia sentir por outro alguém. Que não fosse ela, que jamais fosse ela. E que sofri, ah! Eu sofri.

Leave a comment

Insignificancia de inspiração.

Pseudo poeta como eu, perde a inspiração ; Perde a inspiração por ser incapaz de te ter, não, não ; Você, meu bem, meu futuro amor ; Em minha plena alma, de tanta dor ; Insignificante alma de calmaria ; Repleta de palavras, ao longo do dia ; Te encontro por fim, num bar ; Chorando as lagrimas do verbo amar ; És meu bem-me-quer, tão mal me quer ; Que de tanto amar, que de tanto ver ; Já não sabe se me queres.

Leave a comment

Pequenos desejos.

Quero ser o brilho nos teus olhos, a razão para que você sorria. Um motivo para te fazer passar a noite em claro pensando em mim, em como eu estaria e se estaria pensando em você. Que sinta minha falta, que hesite em me chamar, que me ligue, que se lembre e que sussurre, implorando pelo meu beijo. Quero ser para ti tudo o que és para mim. Quero que me abrace e que não me solte, quero que chore no meu colo, que peça para que eu nunca a abandone. Escrever-lhe trilhares de cartas de amor, dizer que todas significam algo, que meu minimo suspiro pode ser a maior prova de que estarei sempre aqui. Quero teus olhos, teus suspiros, teus gemidos, tuas promessas e tuas mentiras. Quero você, somente você.

Leave a comment

Voz de 3 anos atrás.

Era aquela mesma voz... Suavemente doce, inexplicavel. Que me atendia do outro lado da linha. Voz de riso, voz de choro, voz de sono... Voz de amor. Docemente, me fazia milhares de promessas em que eu realmente acreditei até um certo tempo... Acreditei mesmo que um amor durava pra sempre. Por mentiras e mais mentiras, o nosso não durou e eu te perdi, completamente. Aquela voz que sussurrava palavras de amar, palavras ternas e únicas, sussurravam sinceridades que meus ouvidos adoravam escutar. Como uma orquestra que tocava a música mais bela do mundo. Sinto falta até dessa voz cantando canções de ninar para que me acalmasse... Aquela voz que me envolvia e tocava na minha cabeça como trilhares de outras coisas. Sinto falta da sua voz de três anos atrás, embora nem imagine onde você se encontra agora... Estou aqui esperando e secretamente, sentindo falta. Um dia, cedo ou tarde, a gente se encontra por aí.

Leave a comment

Rimas chorosas.

Eu quero te dizer o quanto eu te amo ; O quanto gosto do jeito com que se move ; Com que me despide, com que me beija ; Quando me abraça, quando te sinto ; Quente, macia, serena, terna ; Sinto tanta falta do teu beijo ; Tanto que minhas rimas ficam tristes ; Queria te ter, queria te ter.

Leave a comment

Meu bem.

Meu bem tirou o meu sono novamente. Me fazendo pensar em 3 miseras palavras, Que eu não tive a coragem de lhe dizer. Queria mais queria mais não podia! Meu orgulho reclamava, dizia, mandava! Eu obedecia, calado, obedecia e desobedecia. Tantas vezes já passei noite em dia, Por desobedece-lo, dormi ferida, Magoada, esperando outra resposta, Que de ti, meu bem, não sei se ouvirei. E estou aqui, palavra por palavra, Tentando dizer, explicar o que quero te dizer. Como pode ser tão dificil? Três coisas tão simples de serem ditas, Porém, parecem até impossiveis. Meu orgulho que se borbulha, Eu, que não possuo nada que me orgulha, Espero vagarosamente pelo meu bem, Que faz já faz parte de um outro alguém, Mais eu quero, ah eu quero meu bem! Quero você também. Ela, que me disse tantas palavras, Pareciam tão verdadeiras e lindas, Não sei, não sei! Quanto diz que me ama, não acredito, Acreditei e tenho medo, meu bem, De acreditar também, Que já te perdi para outro alguém. Pois lhe digo: Meu bem, meu mal, Te amo! Te amei e te amarei, Em todos os tempos possiveis, De todas as formas possiveis, Inventadas ou inexistentes, Qualquer coisa a gente inventa.

Leave a comment

Tão bem.

Hoje, eu queria lhe dizer o quanto a amo. O quanto a quero, o quanto a desejo, o quanto a espero. Mas meu orgulho, me impediu. Assim, sem dizer adeus, ela partiu. Eu, perdido, sem sono, escrevo para ela. Outra de minhas tristes poesias. Esperando por ela, esperando por ela. Amanhã, talvez, vamos nos encontrar. Mas como eu queria! Como eu queria! Que logo se acabasse um dia. Para chegar a ela e lhe dizer o que queria. Meu bem não sabes o quanto quero lhe dizer. Que sem você, eu aprendi a não existir. Assim, me levando a regredir. Só quero lhe dizer que você, meu bem. Só você me faz tão bem.

Leave a comment