Archive for julho 2011

Ilusão.

Nos primeiros dias, doeu e quase me matou.
Depois, o vento me levou.
E quando eu percebi, já estava tudo bem.
Percebi então que meus olhos me diziam para nunca mais desistir, nem insistir em algo que eu fiz por não merecer.
As pessoas nem percebiam, eu continuava a mentir, a me enganar e fingir os meus sorrisos que nunca seriam verdadeiros.
Foi aí então, que eu percebi que antes de você, eu já sabia viver e mesmo que fosse apenas existir, eu existiria ainda.
Vou existir, vou existir sem você.
Não queria, mais é preciso... Doa o que doer.

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A partida.

Eu me importo e você não se importa.
Meu bem, estará escrito em meu epitáfio!
Vou sentir sua falta além do além de minha triste partida, que talvez nem seja tão triste.
Meus segredos vão embora comigo, a verdade também e você viverá iludida.
Não vai saber por mim, não vai ouvir falar de mim.
Quando lembrar, tentará entender.
As pessoas me esqueceram. Você também me deixou.
E apago a luz, com medo do escuro absurdo que traz essa madrugada.
E trago, fujo.
Espero, de olhos fechados pela luz do trem que se aproxima.
Suspiro e repito: "Amei alguém que nunca soube como a amei, a amei do inicio até meu fim, vou amar além! Ela nunca soube. Ela nunca me amou."
Embarco então, entristecida, abraçada pelo vento gelado.
- E ela que só me usou?
...
Bonecos também choram.

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Tercetos.

Noite ainda, quando ela me pedia
Entre dois beijos que me fosse embora,
Eu, com os olhos em lágrimas, dizia:
"Espera ao menos que desponte a aurora!
Tua alcova é cheirosa como um ninho...
E olha que escuridão há lá por fora!
Como queres que eu vá, triste e sozinho,
Casando a treva e o frio de meu peito
Ao frio e à treva que há pelo caminho?!
Ouves? é o vento! é um temporal desfeito!
Não me arrojes à chuva e à tempestade!
Não me exiles do vale do teu leito!
Morrerei de aflição e de saudade...
Espera! até que o dia resplandeça,
Aquece-me com a tua mocidade!
Sobre o teu colo deixa-me a cabeça
Repousar, como há pouco repousava...
Espera um pouco! deixa que amanheça!"
— E ela abria-me os braços. E eu ficava.

Olavo Billac.

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Uns dias.

 Afaga esses cabelos que não te pertencem e tira os olhos dos olhos dela.
 Esquece dos lábios que não te beijam e lembra-te dos que te engolem.
 Apaga a voz suave, as melodias tristonhas, do jazz, do clássico.
 Solta esse sentimento traiçoeiro que tanto te sorri, desconfiado.
 E pira. E pula. E fuma. E morre. E grita. E chora.
 Nada acontece.
 Repete. Repete. Repete que te espero.
 Repete que te amo e que vivo assim.
 Apenas vivendo do teu viver, sem mim.
 Dias são dias. Não me acorde.

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O jogo.

Coloquei tudo a perder por você, principalmente a derrota desse jogo todo.
Você venceu.

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24 de julho de 2011.

Desde então, passo tardes inteiras ouvindo bobagens.
Músicas que acabam me lembrando você e paro para pensar em tudo o que já aconteceu.
Hoje é dia 24, daqui um mês e dois dias será dois anos. Dois longos anos. Dois anos de tanta coisa e novamente você não está presente para que eu compartilhe com você.
Tento entender o que faço de errado as vezes em que tento não te decepcionar e por fim, nos encontramos em uma situação desagradavel, aonde não existe uma maneira certa de consertar as coisas, aonde eu quero que você nunca entenda o que se passa quando isso acontece.
É tão estranho.
Conversas, bebidas, cigarros, músicas não me distraem e os pensamentos continuam pertinentes, insistentes.
Me calo diante tanta besteira, diante do barulho dos carros lá fora e ouço, com atenção, a madrugada fria que me envolve.
Olhos fechados, cabelos ao vento, mãos atadas, pés presos, pernas imóveis, braços soltos. Frio, muito frio.
Palavras quentes e o som de uma voz qualquer me acordam para um novo pesadelo, aquele que você não vê, que não conhece... Aquele que eu escondo e você nem percebe.
Os dias vem, os dias vão, as horas passam. Tudo se repete, justamente da mesma forma como tudo começou e percebo estar vivendo em 'circulos'... Sem esperanças.
Atordoada então, vivo calada, esperando pela sua volta, confessando em silêncio o quanto acreditei nesses dois anos. O quanto queria te entender.

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Eu queria ser poeta.

 Eu queria ser poeta. Eu queria ser escritor.
 Queria fumar meu cigarro de manhã. Virar noites escrevendo coisas que fizessem sentido, ou até mesmo que não fizessem sentido algum.
Eu queria o amor que a sociedade tanto incentiva. Eu queria saber dar aquele sorriso maravilhoso que todos contemplam.
 Queria admitir meus erros com facilidade. Parar de ser tão orgulhosa e tão boba, dizer o quanto sou covarde, o quanto sou teimosa, o suficiente para lutar por aquilo que tanto aspiro.
Eu queria um herói. Aquele igual dos quadrinhos.
 Que salva a todos, quando estão em perigo. Que são reconhecidos pela sociedade, são admirados e fazem tanto mistério quanto a si mesmo.
Eu queria uma idéia coletiva. Uma preocupação.
 Queria a união da sociedade lutando contra aquilo que realmente a encomoda. Uma zona qualquer, uma forma diferente de chamar a atenção para os problemas que acontecem e que ninguém vê.
 Eu queria sangue. Eu queria lágrimas.
 Queria vingança, sabe-se lá do que. Queria aqueles braços novamente e uma saudade imensa que me envolve. Queria te rever.
Eu queria que me amasse. Eu queria que suspirasse.
 Queria ver lágrimas em teus olhos toda vez que te recitasse um pequeno poema ou lhe escrevesse bobagens de amor. Apaixonada. Cega.
Eu queria você. Eu quero tanta coisa.
 Quero tanto e posso pouco que ainda quero mais.

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Bobagem diária.

 Eu digo o que é, digo o que não, digo no que exatamente, eu acredito.
Se pudesse, assinaria com um pseudônimo de mim mesma, tornando-me mais uma simples imagem de minha cabeça. Um pensamento. Uma colocação. Uma bobagem das milhares que rodeiam a minha vida. Dos meus desejos fúteis.
 Não sou um Caio Fernando, não sou uma Cecilia Meireles, não sou uma Clarice Lispector e muito menos um Fernando Pessoa, gênios da literatura que me inspiraram a sentir somente aquilo que um poeta ou um escritor sente. Aquela dorzinha que ninguém vê, no fundinho da alma e talvez, no fundinho daqueles olhos monótonos e cheios de lágrimas e isso já era de costume. Exatamente como observar aquele mesmo rosto no espelho todas as manhãs, até esse mesmo espelho se quebrar e o reflexo todo ir embora, como era de se esperar.
 Os olhos de quem vê, nunca são os olhos de quem os enxerga. Não são todos que possuem um mesmo brilho, talvez uma aspiração para uma coisa qualquer, cotidiana ou não.
 Seja lá como for, já soltei as mãos e estou no mundo em que os fantasmas da sociedade, me assombram.
 Talvez eu vá por alí, ou por outros cantos... Talvez eu queira mesmo é ir com a única mão que eu precise segurar: a sua.

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De um a dez.

A televisão repete as mesmas desgraças diarias.
O jornal demonstra a realidade um pouco fora do comum.
Meus olhos enxergam e logo se fecham, abrindo o foco da minha imaginação.
Um, dois, três, quatro cigarros vão se apagando, a fumaça embaça a vista pertinente daquele que um dia espera crescer.
Cinco, seis, sete, oito e é hora de ir embora.
Fume mais um, beba mais um whisky, deixe o tempo passar.
Nove e dez, vou-me embora.
E nunca mais voltei, não, nunca mais.

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Pequenas palavras.

E esses minutos que passam devagar, fazem questão de me torturar.
Da cabeça aos pés, dos olhos aos ouvidos, do começo ao fim.

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O diário dos sete dias: Terceiro dia.

O cansaço me faz crer que cada dia mais, isso aumenta.
Sua ausência me torna vulneravel e meus olhos se fecham, se rendem a desperdicios ou até mesmo a futilidades para que o tempo passe depressa.
E a rotina volta a me alcançar, na mesma semana em que você voltará e a saudade continua batendo forte, com aquele medo de falhar quando for o momento de voltar a te abraçar. Que saudades, que saudades.
É uma noite comum de sexta-feira e durante as mensagens trocadas, é perceptivel a sua felicidade extrema, que me faz sorrir de qualquer forma, assim como eu gostaria de estar presente e ter ao menos idéia do que te dizer agora.
Sinto sua falta, sinto muito a sua falta.
E eu te amo, sabe? Te amo cegamente como quem não precisa de mais nada. Você é uma necessidade minha.
Que saudades, que saudades.
I can't wait to see you.

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O diário dos sete dias: segundo dia.

Guardei a saudade num potinho.
Daqueles em que se conserva o destino, o amor e as palavras sinceras que a vida acelera, para que não possam ser vistas ou nem ao menos, proferidas.
Tampei o potinho e a saudade o corrói dia após dia.
E meu corpo queima e arde, de pensar que seus olhos não estão por perto e que suas mãos não estão aqui para segurar as minhas. A saudade dói.
As horas passam como se fossem décadas, séculos e os beijos e carinhos sempre são levados nas pequenas lembranças de dias perfeitos como aquele que passei ao seu lado.
E seus cabelos me cegavam. E seus beijos me corrompiam. E suas mão me persuadiram. E seus lábios me mordiam. Arrancavam de mim o que me restava, todo aquele sentimento guardado em conserva, junto aos outros, dentro de uma pequena dispensa.
E teus olhos trouxeram de volta aquilo que eu nunca pude acreditar. Aquilo que sempre fez sentido e a verdade nunca veio a tona. Seus olhos me trouxeram você, seu convite e o meu 'sim, aceito a condição de te ter na minha vida para sempre.' e te tenho como tudo, como nada, como impossivel e como possivel.
Meu bem, se soubesse o quanto preciso de você, nunca me deixaria ir.
I'm missing you, I'm really missing you.

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O diário dos sete dias: Primeiro dia.

E a saudade só aumenta.
Noticias trocadas, mensagens enviadas, a ansiedade por respostas e aquele aperto danado que todo mundo chama de 'saudade'.
Algumas lágrimas escorrendo. As despedidas parecem ser tão longas e tão cruéis. O relógio parado, as horas não passam e nada acontece. A cidade grita por liberdade e diversão e eu só sei sentir sua falta.
A noite escura me abraça lentamente, o calor intenso desse lugar faz com que meu suor procure refugio, que meu corpo procure o prazer intenso no medo sem fim dessas estrelas tão distantes. Tão brilhantes.
A lua tenta iluminar algo a mais, porém não consigo enxergar mais nada. Cigarros não me acalmam, livros não me distraem, mãos não me afagam e me apunhalam a intensa saudade que tenho de seus lábios nos meus.
Distância maldita, pois te quero em meus braços novamente.
Você pertenceu a eles como meus olhos pertenceram aos teus, maliciosamente.
Alguns dias, alguns dias.
I'm still missing u.

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Pré-primeiro dia.

Sei, nada partiu.
É uma madrugada qualquer de julho e cá estou, pensando e me sufocando no meio dessa fumaça, que brota de meus lábios, lentamente, me matando, como desejo.
Olhos fechados, escuridão, saudade, vontade de um abraço, um beijo, um sexo delicado, um café e um bom whisky. Com seus cabelos espalhados pela linda face, aonde escorrem goticulas de seu suor, cansado e me olhava com aqueles olhos de quem sabia tudo, me paralizava e me cegava. A vida era simples quando se tinha sua presença por perto e me falta ar quando está longe, por isso, declaro o inicio de meu diário contando a imensa tortura de 7 dias sem você.
As lagrimas escorrem, o aperto no peito continua, uma pequena dor no coração e deve ser isso o que chamam de 'amor', de 'saudade', de 'vontade de você' e por favor, volte logo.
Amanhã será um dia.
Dois, três e no quarto, já me sufoquei.
Miss u.

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Ciúme.

Suas mãos me persuadiram e faziam com que eu pensasse algo, gritando, calada, com um timbre diferente daquele que costumava ouvir.
Um fogo tomava conta do meu ser-interno, das semelhanças entre meus sentimentos de angústia e traição. Um ciúme fora do normal e alguns olhos cegos de enxergarem a realidade lá fora.
E pensavam como quem sentia, algo diferente, talvez, do que acreditava e se abraçava na madrugada fria e silenciosa, que ecoava pela janela, trazendo para dentro a brisa repentina com todos as palavras de quem chorava, reclamava ou amava friamente, deixando-se estar, sem nem ao menos duvidar que era aonde queria estar.
Olhos nos olhos. Cabelos acompanhavam o vento e a fumaça da cidade grande que me drogavam e me trancavam os lábios, sem nem ao menos proferir o que gostaria.
Garganta seca, um vinho, dois vinhos, três vinhos e é o fim da linha. Ainda não cheguei lá.
Que ciúme, que ciúme.

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Se eu faço tudo errado, talvez o motivo seja simples...

Talvez eu só faça tudo errado porque sou assim... Meu jeito é errado pra você? É, é entediante pra você.

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Final do filme.

Por aqueles olhos que me observavam durante um erro, uma mentira, uma imaturidade, uma bobagem.
Um final, talvez, uns lábios que se entreabriam, esperando respostas sinceras e as cinzas do cigarro que apagavam no céu escuro, a pequena lembrança de uma vida monótona, sem uma nova página a ser escrita.
E volta-se a discutir tal polêmica sobre o tal sentimento desejado por todos os seres humanos, aquele que já é tão banal, falado por tudo e todos e ainda insistem em rotular.
Não existe explicação, meu bem, o amor é simplesmente algo que se sente e que se aprende, o resto é clichê. É banal.
É como uma droga maldita que se só descobre quando se experimenta e aí se torna um vicio... Quem sabe no fim, não acabe matando ninguém. Só sufocando. Entre aspas.

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Estou com aquela maldita sensação...

De estar fazendo tudo errado, de novo, de novo e de novo.

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