Archive for junho 2011

Uma dose de silêncio.

Eu podia estar errada esse tempo todo
Mais quem garantia que meus erros eram piores que os teus?
E o silêncio que pairou entre nós foi eterno, pra nunca mais se falar um 'a'.
E nem 'e, i, o, u' ou talvez 'eu te amo e te amei'.

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O nada e o medo.

Meus olhos se fecharam e naquele mesmo instante, sinais me faziam crer em todo silêncio que estava a minha volta.
Era tudo escuro e não havia esperança. Rostos cobertos em tinta preta pareciam não significar mais nada além daquela eterna dor, tão prometida no começo da minha ilusão. E era de se esperar.
Abria os olhos e nada via. Pequenos detalhes em branco renovavam a imagem de, por um instante qualquer, fugir. Certamente em busca de algo que talvez me faça entender o por quê.
- Acenda o cigarro, fique um pouco mais. - E as nuvens de fumaça me puxavam para um eterno vazio, do qual eu nunca pude escapar.

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O minimo que te peço.

Meu bem, o minimo eu te pedi e você continuou de olhos fechados.
Meu bem, eu só queria que você se importasse.

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Pela lei de ser feliz.

Hoje resolvi interpretar uma pequena frase do grandioso autor Chico Buarque de Holanda, que chamou muito a minha atenção.
Na sua música "João e Maria", Chico diz que pela sua lei, eramos obrigados a ser feliz e como tudo e mais um pouco, a frase decidiu me encomodar por um bom tempo.
Engraçado seria se não existisse melancolia, se todos os homens pudessem sorrir sem usar suas rotineiras mascaras de convivio social, se o cigarro não fosse tão prazeroso a ponto de acalmar alguém, se as músicas de amor seriam todas iguais, de maneiras diferentes, mas todas iguais.
E era de se esperar que até os mais lindos olhos, olhariam os meus com um certo 'desprezo' por pensar que pela lei de Chico, todos eram obrigados a ser feliz... Menos ele, menos eu. É apenas uma lei. Mais uma lei a ser infrigida por rebeldes, que possivelmente conheceriam a dor de perto e seria um transtorno caso um deles se apegasse demais a essa incrivel 'melancolia' tão diferente dos sorrisos brilhantes que estava acostumado a ver. Como seria punido? Seria punido por estar na melancolia? Pois algo que aprendi é que quando ela vem, ela nunca mais vai embora e se torna sua companhia. Sua eterna companhia. Nos momentos mais dificeis, lá está a melancolia.
Infelizmente, o sonho de ser obrigatoriamente feliz é utópico demais para mim.
A melancolia tomou conta de meus olhos sedentos que há muito tempo não enxergam brilhantes... Nem nos olhos daquela mulher.

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Ignorância.

Quando se tem uma paixão pelo que é requintado, pelo que se julga ser 'bom gosto' e não observa por outros olhos que é uma tremenda ignorancia. Um tremendo preconceito da parte de todos aqueles que julgam as culturas de uma 'minoria' como algo inferior e isso vem de anos e mais anos.
O funk, o pagode, o samba, qualquer uma dessas músicas que se originou de uma população mais pobre, até mesmo de escravos que lutavam pela sua liberdade no periodo do Brasil Imperial, são extremamente discriminados pelos que se julgam um pouco mais 'cultos', aqueles que possuem uma classe economica um pouco mais elevada. Ninguém percebe, ninguém ve que apesar de alguns detalhes, para os moradores do morro e todas aquelas pessoas que ouvem é um tipo de cultura. Sim, é cultura! Ou você dirá que funk não é cultura para todos aqueles que fizeram o ritmo crescer, se espalhando pelo Brasil inteiro e até pelo exterior, atravessando barreiras, enfrentando extremas discriminações porque 'falar sobre as experiencias vivenciadas no morro é algum tipo de crime'. Quanta ignorancia desses seres que realmente acreditam que é crime! Se for realmente um crime, Lenine deveria ser preso também. Deixem de hipocrisia e calem a boca diante disso, jamais digam que isso não é cultura pois é parte da cultura brasileira SIM e os milhares de brasileiros simples que existem por aí, consideram-na cultura.
Acho que os únicos lugares que deveriam ser fechados nesse país são os restaurantes de Brasilia porque sinceramente... Só entra ladrão.
Pelas sinceras palavras do meu professor de história (que utilizou excelentes comparações), deixo bem claro o quanto é bom refletir sobre esse determinado assunto.

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Pequena nostalgia.

Bateu aquela saudade da sua fé enorme de acreditar que eu podia ser melhor... E só sua.
De me tomar em seus braços e não soltar e apenas me chamar de 'minha'.
Olhar pros meus olhos cor-de-mel sem vida nenhuma, clareando-os com a luz dos teus olhos verdes, intensos.
Me beijando devagar, como se o tempo não existisse e aquele limite todo entre nós, sumido.
Como se meus embaraços, deveres, labirintos desaparecessem e você pudesse facilmente invadir o meu estado, sem meu exército que sempre te venceu.
E aí poderia ser sua, sempre pude ser sua. Pena que você se foi.
O meu orgulho foi maior.

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Melancolia, dor e solidão.

A dor é algo que não me atrai muito.
Nem a tristeza, nem a solidão, nem a miséria.
Infelizmente, elas vem sendo as minhas melhores amigas nos últimos dias.
E agora me pergunto, aonde foi que eu errei para cair nessa miséria?
Enquanto a morte me sorri, me vejo palida entre as nuvens, assustada.
- Estava destinada a isso desde quando me conheceu.
E veio a melancolia, me abraçando forte e me prometendo o melhor, ou devo dizer, o pior.
Quando vi, já estava afogada naquele oceano de lágrimas e me senti em casa.
Bem vinda, melancolia, minha nova companheira.

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Fechado para turistas e moradores.

Tô me isolando do mundo hoje.
Tô fechando as portas para qualquer um que queira entrar, meu mundinho tá fechado para turistas e moradores.
Hoje eu só quero ficar só, o dia inteiro... Talvez na companhia de um cigarro, um café e de algumas meras palavras de conforto... Inúteis.
Só sei que tô me isolando de tudo hoje e não venha tentar me ligar.
Não tô a fim nem de fazer turismo no seu mundinho hoje.

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Bobagens mil.

Que angústia! Que intenso, depressivo momento de um dia qualquer! Me entristece que só e escrevo bobagens mil para poder me distrair.
Diga-se de passagem que angústia é uma bobagem, pois sempre acreditei que era e vejo que me enganei um pouco.
Olhei um pouco torto para tal sentimento, tento entender porque justo agora me sinto assim e é tão comum. Meus dias tem sido todos assim: angustiados e repletos de bobagens rotineiras. Daquelas que ninguém gosta, que não agrada um infeliz sequer jogado na cama numa madrugada de sabado, enquanto os outros se divertem e são felizes. São felizes. Isso não ecoa na cabeça como se fosse um tipo de 'bobagem'? Era o que eu mais esperava durante tanto tempo e minha alma aqui presa, reclama que tanto quanto eu quero, ela quer e me calo, tola e inofensiva... Infeliz.
Todos julgam porque são cegos, ninguém sabe, ninguém vê e ninguém precisa saber. É algo meu que precisa se silenciar. É algo que nem todo o amor que eu queria iria ser capaz de me curar. É a maior de todas as angústias que acabam me fechandos os olhos para todo o caminho que ainda há de vir.
Infelicidade, angústia, por favor, lhes peço encarecidamente que saiam daqui. Que me deixem respirar, por favor.
Ainda preciso das últimas frases até meu suspiro mais importante, ou devo dizer, menos importante?

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Manhã de sabado.

Quem se distrai com as pequenas coisas ao redor, sabe do que estou falando.
Principalmente aqueles que precisam de um último suspiro para compreenderem o quanto é doloroso ter que arcar com tal responsabilidade de se calar e apenas esperar o que lhe aguarda e no fim, é hora de fechar as mãos (os olhos também), segurar firme porque dizem que a força é tudo aquilo que precisamos em momentos como esse e eles estão enganados.
Pequenas e inofensivas palavras numa manhã de sabado, apavoram-me numa manhã de domingo.
E parece que tudo está um pouco mais claro agora mais ainda sim, continua escuro. Dificilmente vou encontrar o caminho para voltar atrás do que desejava, certo?
Entretanto, nem sempre é assim. Podia muito bem voar por aí sem ter problema nenhum e agora tenho todos eles juntos, me pesando a alma para que eu não consiga alcançar mais nada e tudo fica por ficar. Todo mundo só tenta me confortar (aqueles que sabem), e não é esse tal 'conforto' que vai me retirar o peso da alma... Posso, com certeza, pensar no que dizer, em uma frase bonita, talvez, algo que tenha marcado minha vida e dizer que isso vai ser o meu epitáfio mais sinceramente? Que papo furado de epitáfio quando não se quer! Ora dor, ora calor e agora vejo um mundo inteiro assustado, sem cor e é bem o que tem me acontecido nas últimas horas: Passei a fazer parte dessa porcentagem assustada, que entre goles e outros goles, se olham e sentem pena. Eu odeio sentir pena.
Infelizmente, tá todo mundo me olhando assim. Não sintam pena, eu odeio sentir pena. Só resmungo calada, no meu mundinho próprio o que ninguém nunca compreenderá, por outro lado, pensam em como me tirar dessa mais ei! Não me toquem, estou bem! Deixe que meus dias me acompanhem até o grande momento e por fim, cala teus olhos que não quero ve-los chorar.

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História mal contada.

E que mentira dissera teus olhos.
Quais ilusões? Quais paixões? Quantos amores? Quantas mentiras?
Que te envolviam e lhe abraçavam, sussurrando ficções, histórias mal contadas.
E me matavam pouco a pouco, acreditando naqueles olhos que me pareciam tão verdadeiros. Intensos.
Me lembro então, de suas pequenas intenções... De usar-me para esquecer daquele que não se consegue esquecer. Diz bobagens e no fim de tudo, engole suas verdades para que possam ir embora. Para não serem ditas diante a seu orgulho tolo. Ridiculo.
Por favor, deixe-me ir e faça o que te convém! Não aguento mais tanta dor! Acabei me tornando tão rancorosa e tão fria que quero sair desse sufoco.
Não me amas então deixe-me ir, para sempre. Deixe-me morrer para você e fingir que nada nunca aconteceu. Que eu nunca te conheci.
Só assim vou saber viver em paz... Sem você.

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Pensamento utópico.

Reclamaram de tanta solidão, tanta nostalgia e tanta tristeza.
Pois bem, lhes escrevo então uma utopia.
Aonde uns olhos qualquer fitavam os meus com paixão, amor, tesão, fogo e eu os fitava da mesma forma, apreciando cada minimo detalhe daquele vermelho intenso.
Envolvendo então, aquele corpo quente, exalando ecstasy e um doce perfume, tão leve e tão pesado, adormecendo qualquer pensamento, qualquer frase que esteja por vir e levando-me a intensa loucura.
É assim, um amor perfeito, cheio de ecstasy, de flores, fogo e fidelidade. Um amor livre, um amor único, um amor insensivelmente sensivel, quente, frio, deixando aqueles lábios, que tocam outros, cada vez mais aflitos, procurando novamente o seu refugio, aonde se entendia pelo simples fato de 'amar'.
E no dia seguinte, a distancia não era mais problema e nós saíamos de mãos dadas pela cidade a fora, em plena madrugada, quando o sol grita o nascer e se reflete nos vidros gelados, monotonos da cidade vazia e parecia tudo perfeito, com a brisa gelada que adentrava fio a fio de meus cabelos, fazendo-os voar e dançar no mesmo ritmo, como um tango argentino, com certa intensidade.
Meus olhos então, acompanhavam os teus, lentamente, como suas mãos acompanhavam meus movimentos apaixonados e seguravam-nos de cair nesse imenso abismo, o qual tememos tanto, esquecendo-nos de como era péssimo sentir aquele medo absurdo, abusivo e abstrato.
E quando eu for abrir os olhos, serão pequenas lembranças de uma utopia a qual todos me pediam para escrever sobre e aqui lhes digo: o amor perfeito não existe.
Se amar, que ame, mais haverá sofrimento de qualquer forma e caso desista, não se arrependa.
Por fim, acabo por descobrir que amar é bom e não perfeito.

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Da alma pro eu lirico.

- Me rendo. - Disse diante a confusão daqueles olhos pertinentes que me queimavam, me fitavam como bolas de fogo, como raios de sol, me aqueciam e me deixavam pequenas marcas, leves, ardidas, avermelhadas como meu sangue, que corria aflito pelas minhas veias, demonstrando tamanha necessidade de fugir de um desespero que me acorrentava e naquele instante, era hora de me calar.
- Você venceu. Sou fraca diante tamanha grandeza, sou fraca diante seus poderes. És a mais poderosa. - Já havia me rendido ha muito tempo, desde que tal sentimento tomou conta de cada poro de meu corpo, transformando-me em um ser tão vulneravel e tão insensivel, buscando por respostas imediatas, as quais se foram com a maré e já se foram há muito tempo atrás. - Amo você, de qualquer forma e isso me mata. - E não menti. Não menti.
Ela dizia ser tão egoísta e é, quando vai-te embora depois de um agrado, depois de suprir suas estranhas necessidades, seus desejos, usando-me como seu objeto de diversões. Era pra ela como o fogo do sexo, aquela paixão intensa na hora do ato mais prazeroso e que se apagava rapidamente, como se nunca existisse nenhuma chama. Como se nada acontecesse. E vai embora logo pela manhã ou a hora que quiser e eu me mantenho calada, aflita, esperando pela sua volta.
As rosas vermelhas que te mandei são pigmentos de um sentimento intenso, poderoso, que há muito tempo não sabe o que é se apagar. Ele está tão presente em mim quanto você e isso é péssimo, pois não quero sua ausência.
Meu bem, faça um pacto comigo. Me ame para sempre e deixe aquele fogo todo ser eterno e não momentaneo como você sempre faz. Me ame e me devore nos teus olhos malditos, deixando cicatrizes e a dor de um amor que jamais se recuperou.
E por favor, não finja que se importa.

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Razão.

Acho que você tem toda a razão, meu bem. Me rendo agora.
Já estava mais do que na hora, não acha?
Estou um pouco cansada do seu egoísmo... Será que você poderia partir para nunca mais me ver sorrir?

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Vazio.

Alma presa, sem refúgio nenhum.
Aquela vontade imensa de voar, se jogar aos céus e se entregar diante essa escuridão da madrugada.
E sentir aquele vento adentrar meus cabelos, fazendo-me delirar e enxergar todas as luzes dessa cidade, como se fossem minusculas e tudo fizesse sentido.
Aí eu poderia sorrir, poderia chorar e poderia entender porque me sinto tão vazia e porque quero tanto voar.
De repente, eu poderia sumir por aí, iria voar da América a Asia e não voltaria nunca mais, na verdade, eu nunca pararia de voar.
Eu flutuaria todos as noites da minha vida, enquanto descanso pela manhã quente, desses céus de outubro.

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Moralismo.

Hipocrisia desgraçada... Esse seu falso moralismo me deixa extremamente enojada.

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Dizem os outros.

Hoje eu preciso ter uma conversa comigo mesma. Sei lá, talvez um whisky, um cigarro e uma fuga qualquer para acompanhar a minha eterna melancolia.

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Estou abrindo mão das futilidades e inutilidades por você, da minha vida e do meu sossego para viver um inferno de ser solitário.

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Um papo e algumas lágrimas.

Vamos falar de solidão, de tristeza, de rancor e de insatisfação.
Sabe, meu bem, a gente percebe quando as coisas estão desmoronando, quando o fim está próximo, quando se cega o destino.
Aí se traçam as vontades, os rancores e todos aqueles sen-ti-mentos passados que no fundo, já significaram uma bobagem qualquer, distante de qualquer pensamento que possa fazer sentido. E fazem.
No fim, eu venho a entender que você não está satisfeita somente com a minha presença. Vejo que queres algo a mais, algo que não posso ser, que minha natureza é contraria, algo que gostaria de ser somente para te agradar e eu sei, meu bem, que se não te agradar, sumirás e me machucarás.
Sinto muito por não poder ser quem você precisava que eu fosse, sinto muito.
Eu ainda tenho o meu amor e vou continuar sentindo, mesmo quando você partir e me deixar aqui.
Quieta, calada, como quem não pode fazer mais nada.
É uma decisão tão sua que eu não poderia interferir, afinal, pela primeira vez, não encontro solução para estar ao teu lado dessa vez.
Fim de história e inicio de um tenebroso dia. O dia em que você me deixa por fim.

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Uma pequena descrição.

Cabelos ruivos, soltos ao vento, brilhantes como o sol de um intenso verão, sem chuvas e com todo aquele ar de liberdade que ninguém tem, que só ela tem. E ela exala tamanha liberdade, tamanha sinceridade sobre tudo e sua mente é um lugar sem saída, um labirinto cheio de surpresas, um mistério a ser desvendado, algo que eu gostaria de saber, de aprender todos os dias, algo que me importa. Sorri, como nunca e tem o sorriso mais lindo de todos, ilumina qualquer expressão triste ao seu redor somente quando abre aqueles lábios, grossos, lindos, perfeitamente desenhados como se fossem dois rios, que beijavam os meus com tanta intensidade que afogava os meus, me deixando imóvel, como quem não sabia nada, como quem perdia toda a razão ao pensar em algo, como alguém que se esquecia de pequenas coisas, bobagens e problemas.
As duas tatuagens mostram a paixão pela música, o talento que possuía para cantar com aquela voz, doce e meiga, porém forte, expondo sua grande vontade, seus sentimentos de forma que só ela entendia, que só combinava com aquela melodia, perfeita, tão linda quanto ela.
Os olhos deixaram os meus tão dependentes.. Gostava de ver certo brilho naqueles pequenos castanhos, com um jeito de fogo, um jeito de coragem, de paixão, de força que só encontravam aqueles que conseguia compreender sua importancia, seu valor e sua alma, de mulher poderosa, dominante, que faz o que quer, quando quer, deixando milhares de olhos observando-lhe, sem se esforçar.
Pequenas mãos, lindas, meigas, lisas e medrosas. Seguravam as minhas como se tivessem medo de que eu fosse embora e as deixassem alí, perdidas, no entanto, me confortavam, me acariciavam, me apertavam e se expressavam de forma subentendida, demonstrando tudo o que sentia naquele instante e era tudo tão incrivelmente perfeito.
Aquele corpo, grande, espaçoso, quente, em chamas como seus olhos. Um verdadeiro labirinto para quem quer desfrutar do melhor prazer e que quer se perder, esquecer da razão, das coisas estúpidas e fúteis do mundo, unindo toda sua sensualidade com o seu poder, transformando-se na mulher mais incrivel que o mundo poderia ter o prazer de conhecer.
Tem uma casca dura que poucos conseguem quebrar, é uma durona na maioria das vezes mais ninguém sabe o que realmente se passa. Quando se descobre o que tem por dentro dessa proteção, é impossivel não se encantar... Alí ela é a mais doce, a mais carinhosa, mais amavel, mais bela, com o maior coração do mundo, cuidando de todos aqueles com quem realmente se importa, guardando todos aqueles que ama e que protege... Única como ninguém.
Diferente, se eu a comparasse com outras garotas, ela jamais seria essa mulher espetacular de quem eu falo. Que me deixa morrendo de ciúmes justamente por ter tantos e outros olhares atrás dessa única personalidade, que me deixa querendo sempre mais e me deixa calada, de olhos bem abertos para observa-la durante uma noite inteira, só para ver o quanto é bela.
Não, ela não precisa ser como as outras, só é o que é por ser extremamente diferente das outras. Por ser assim, a menina mais incrivel que meus olhos conseguem enxergar, aquela por quem nunca ficaria calada caso fosse preciso, aquela sagitariana meio escorpiana incrivelmente complicada e perfeitinha. Aquela garota dos olhos cor-de-fogo... Sim, ela mesma. Que está tão longe e mesmo assim, ainda quero me afogar naqueles olhos novamente.

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Sentimentos nos olhos cor-de-fogo.

Escrevo novamente sobre uma certa garota pela qual meus olhos se encataram da vez que a viram.
Se tornaram dependentes daqueles olhos, de observa-los enquanto puderam e de observar outros pequenos detalhes de uma imensa confusão, de um labirinto sem saida, de um sonho em que eu gostaria de me perder e eu nem sei o que realmente aconteceu.
Quando a conheci, meu coração pertencia a tantas outras que não seria só a ela a quem me renderia, não me renderia a ninguém! Não acreditava em tal bobagem gigantesca que era o 'amor', que coisa clichê e boba, de quem acredita em contos de fada. E me enganei.
Era a mais orgulhosa, extremamente orgulhosa. Durona também. Tanto que muitas vezes me cegava naquele seu labirinto ao qual eu não conseguia sair e bem, eu já sabia o caminho de tantos, por que aquele justamente seria diferente? Era uma confusão qualquer vista a meus olhos, a minha voz e ao meus lábios, aflitos, que se roçavam a cada instante quando ouvia sequer uma palavra daquela outra voz, que já parecia um vício de tão doce, de tão calma e com uma risada tão confortante...
E me irritava de um tanto! Me usava e desusava e fazia o que queria, enquanto me perguntava o que havia de errado com aquela minha mente que costumava voar para vários cantos e não conseguia desvendar uma simples catastrofe na qual havia me metido. Sozinha, sem ajuda e sem ninguém. Eu estava naquele labirinto tão perdida quanto um soldado americano no vietnam. E me sentia ameaçada. Extremamente ameaçada e assustada e de tão estúpida, nem percebi... Já estava agarrando, sem nem ver, aquela oportunidade que a vida me trouxera de um 'amor'... Droga, essa coisa existe então? Não é bobagem de contos de fadas? Não, não. Isso existe e acredite, não é bobagem de contos de fadas.
Era agonia, era tristeza, era felicidade por pequenas palavras que ela me dizia e me iludia de um tanto, depois fugia, sumia e nem voltava pra dizer adeus. Ia embora e nem se preocupava, ia para outros cantos enquanto eu continuava sem me mover. Não havia para onde fugir, já era um pouco tarde para querer sair de algo que não se quer desistir... Meu bem, desde tanto tempo, eu queria tanto te fazer sorrir.
E ela se envolvia com outros e me deixava sozinha, tentei fugir e me refugiar para a floresta mais próxima, tentando fugir daquele labirinto que me torturava de um tanto... Consegui. Um mês sendo torturada, destruída e mesmo assim, continuava dependente. Cigarros, cartas, bebidas, mentiras, beijos, sexo e era o fim do mundo.
Caramba, o que ela fez comigo? Acredito no que nunca acreditei e faço o que posso e não posso por um outro olhar que nem fazia sentido. Um outro olhar que acabou por ficar. Um outro olhar que me prendeu e me fez mergulhar naqueles olhos cor-de-fogo como se não fossem nada. Como se fossem tudo. E me queimar naquelas chamas de amor que brilhavam naqueles olhos, que a mim, não diziam nada, mais que os meus, diziam tudo. Eu a queria, eu a quero tanto. Quero aquele sorriso e aqueles defeitos todos, quero aquele olhar, aqueles cabelos ruivos, como o fogo de teus próprios olhos, quero aquele abraço apertado novamente, quero teus beijos envolventes e molhados, quero teu fogo, teu calor, tua alma e te quero como minha... Te desejo tanto quanto uma droga, um vicio qualquer. É a minha droga predileta, do vicio que me faz mal e me faz tão bem.
Teu lindo orgulho, tua liberdade, tuas mãos tão lisas que me guiavam ao paraíso, tua voz tão doce quanto a melodia da mais linda das canções, teu único amor e te quero por inteiro.
Me queimar nos seus abraços, pois não vou mentir, garota dos olhos cor-de-fogo, sinto por você da maneira mais forte possível, aquilo que nunca havia sentido antes, aquilo que chamam de clichê e de bobagem, aquilo que chamam de contos de fadas... Aquilo mesmo que chamam de amor.

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Cartas, cigarros, whisky e café.

Já se tornou rotina o fato de me sentar no mesmo lugar, com a mesma xicara de café e tragando um bom cigarro, acompanhada da minha melancolia que ultimamente, tem servido de consolo a minha situação, seja ela qual for. É estranho, é bom, é quente, é forte e me acalma, um pouco mais de nicotina para acalmar o dia agitado, em que o peito dispara frenéticamente, procurando alguma saída, procurando virar o jogo, pois a minha mente se torna uma escrava dos meus pensamentos alucinados, procurando um único alguém e uma única solução para essa grande confusão. Não adianta mesmo e eu continuo assim, agoniada, tragando lentamente, sentindo-o queimar meus lábios e por dentro: um eterno desespero. E nem me preocupo mais com essas doses exageradas de etilico que arranham minha garganta, tornando-me dependente de algo que antes não me fazia diferença alguma e é assim que as coisas começam a andar... Talvez regredir ou talvez aumentar, aumentar um sentimento que eu desconheço, que me traz umas sensações estranhas, boas e ruins, um sentimento de dependencia de outro, assim como meus olhos dependem dos seus e meus lábios, da sua imensa confusão.
Escrevo, afobada, procurando respirar esse ar seco, coberto de segredos, segredos que nunca se revelam e que só voam, a procura de alguém que possa, finalmente, desvenda-los e contudo, apagar tanta dor. E que dor, não? Amor é tão feito de dor quanto de calor.

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Olhos e brilhos.

Gosto da maneira com que ela chega de mansinho no meio da noite e me acorda de um sono profundo, no qual eu gostaria de velejar durante um dia inteiro.
E me fita com aqueles olhos, com aquele olhar, que conseguiam me desvendar e me envolver, num só brilho, como nunca havia visto antes e era inevitavel.
Aí me pego pensando em quantas vezes já tentei lutar contra esse sentimento e percebo o quanto foi inútil essa tentativa... Não sei, você me dar um ar de segurança. Daqueles em que você pode voar sem nem se preocupar, não precisa de para-quedas ou de cinto. E olha que eu já caí milhares de vezes e todas elas, deixaram alguma marca, mesmo que fossem em relação a você.
E você me quebra o orgulho, exatamente quando nossos olhos aprendem a se encontrar de novo e percebemos que aquilo tudo soa tão natural. É, é extremamente normal. Um normal de suar frio e pedir para que nunca mais acabe, um normal de ser completamente anormal, um normal de procurar no céu, vestigios de um antigo amor e é assim, uma oportunidade única que eu quis agarrar quando pude.
Sabe né? Quando se encontra aquilo que te dá vontade de querer mais e mais, ir além do que se pode, uma paixão cega. Sabe como é... Eles chamam tudo isso de amor.

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