Archive for outubro 2014

Reflexo

 A dor de ser fadada a uma eterna destruição. A uma eterna destruidora, Uma bomba, um imã que atrai coisas perigosas que explodem e destroem tudo ao seu redor. Eu faço mal, mal demais, mas por que tão mal? Quão mal é mal demais?
 É sufocante saber que, para quem está ali, ouvindo de você, uma pedra imóvel, essa tal história de bomba relógio é só um mito criado por você mesma para se desfazer das vantagens de outras pessoas em relação a sua vida, embora seja óbvio e simples que a incapacidade de ser compreendida é maior do que qualquer coisa nesse mundo, mas há quem entenda, há quem saiba, há quem veja que com olhos de fogo, não se brinca com gelo ou com água, a não ser que queira virar fumaça ou desmoronar, aí já é outra história, mas só faz isso quem quer.
 Me espelho naquela velha frase em "romanês" que diria "Hino Rei", ou melhor, "Espírito do Fogo", apesar de não ser a pessoa mais espiritual do mundo, tenho que concordar que nossas personalidades flamejantes são muito parecidas, principalmente em relação a destruição. Sempre soube. Me aproximei e acabei destruindo quem mais amei, por ser infantil, cega, estúpida e por pura impaciência de acreditar em minha insegurança infinita.
 Isso que dá.
 Isso que dá.
 Escritor que abandona tudo e vira as costas fica frustrado.
 Isso que dá.
 Perde tudo. Perde a escrita. Perde o amor, perde a vontade, perde o talento ou qualquer outra coisa que acredite fazê-lo escrever, menos a inspiração, porque a inspiração vem, mas a gente não aproveita, a gente ignora, a gente ignora porque somos burros. Burros demais pra enxergar o que está a um palmo de nossos olhos, burros e cegos por nossa própria ignorância, fato causal que deveria ser levado em conta na hora de tomar decisões.
 Portanto, deixarei isso como um apelo de ódio a mim mesma e a minha destruição. A minha reflexão sobre meus atos, sobre meus descontentamentos, sobre meus desapontamentos e minhas atitudes "rudes", "reflexas" de uma "personalidade" "insegura" "demais" e "cheias" de " " "... Capta a "ironia"?
 Enfim, se o senso comum estiver certo, agora são 23:23 e eu realmente espero que ela esteja pensando em mim, pois não suportaria a ideia de tê-la pensando em outro alguém...
 Sou tola, apaixonada, desfeita de durona, destrutiva e depressiva. Escritora de merda que se abandonou e se sabotou nas teias e nas mentiras da vida.
 E é assim que funciona.
 E é assim que vai funcionar.
 Que se dane, Laura.
 Deverias se foder.
 ...
 Sempre amando.
 Bár
 Ba
 Ra.

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Agonia

 O tempo não passa.
 Já faz muito tempo que eu não coloco meus dedos nessas letras para formular toda essa confusão que se tornou a minha cabeça.
 A vida não passa, não, não sem você.
 Sem você aqui.
 Não tem graça.
 Que droga! Eu rezo o tempo todo pro tempo passar, pro dia acabar, pra ver se você vai me procurar, se você vai voltar, se vai dizer que me ama, se vai dizer que sentiu minha falta, que vamos ficar bem, que vamos ficar juntas e que eu vou ser sim boa pra você, que eu não vou mais magoar você, que eu não vou mais magnetizar coisas negativas para nós.
 Eu rezo, porque é isso que eu mais quero. Eu encontrei em você tudo o que nunca havia encontrado em ninguém, a felicidade que buscava, a cumplicidade que ninguém nunca soube me transmitir e não quero estar aqui para ouvir você dizer "adeus" ou simplesmente partir. Não quero. Não quero te ver partir. Não consigo. Não suporto.
 Não aguento, não vou aceitar.
 Volte, por favor. Volte. Eu tô te esperando no mesmo lugar, eu tô enlouquecendo. Eu tô olhando pra todo mundo e vendo o seu rosto, eu tô olhando pra todos os cabelos e vejo os seus cachos. Onde está você? No que está pensando? Por que não está comigo? Por que eu sou tão destrutiva? Quão mal eu fiz?
 Me perdoe e volte.
 Eu preciso muito de você.
 Eu mudo, não paro de pensar no que aconteceu, preciso de você, estou enlouquecendo e foi somente um dia. Um dia condenada a uma vida sem perdão se não houver você por perto.
 Por favor, não se vá...
 Por favor, não me deixe...
 Por favor, não me abandone...
 ...

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