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Motivação?

 Quanto tempo faz desde que não coloco meus pensamentos em palavras singelas como costumava fazer. Quanto tempo se passou desde a última vez que meu coração meio-poeta se incentivou a ponto de escrever algo diferente. Quanto tempo faz...
 Há tanto tempo não escrevo que perdi o jeito, mas hoje, hoje as circunstâncias não poderiam ser ignoradas. Não é só porque há chuva, mas também porque há vontade, há conflito, há tanta coisa dentro desse meu sabe-se lá o que que é difícil de se entender, mas existem reflexões sinceras para uma noite chuvosa de Janeiro. Janeiro de 2014. Meu mais novo período de vida.

 Bobageando pra valer, fui testar novos pensamentos para procurar conclusões dentro de meu ego tão mesquinho, e me deparei com uma questão interessante. Qual a fórmula da sobrevivência? Pelo que as pessoas vivem? E pensei comigo mesma que existem motivos tão variados que não poderia descrever todos, pois todos temos algo pelo qual vivemos. No caso de alguns, vivem pelo amor, pelo sentimento, por outras pessoas, no caso de outros, vivem por outras paixões, música, profissões, realizações, coisas construídas pela sociedade ou coisas internas que o fazem sentir-se especiais. Todos temos algo pelo qual lutamos para alcançar, todos temos objetivos secretos ou não tão secretos assim. Somos amantes nativos de algo que nos inspira, e no meu caso, não sei se é a poesia, mas tenho algo pelo qual vivo.
 Vivo me perdendo em pensamentos tão inconsequentes, pensamentos que me prendem a um "tal" que não existe. Pensamentos que me levam ao fundo de meus sentimentos mais indiscretos e me selam com algo tão a-normal que me pergunto se estou certa, se devo mesmo acreditar no que vejo, no que penso, no que decido ouvir, e temo que esteja tão in-certa, in-correta que nada mais faz sentido.
 Vivo, então, por trilhares de coisas. Gosto das palavras, gosto das sensações que elas me causam, gosto da música, gosto de tanta coisa, mas não gosto do amor. Sou frustrada? Talvez. Mas não sinto afinidade com o amor. Meu desejo é ser tão só que já nem sei, as vezes sinto afinidade, as vezes acredito tanto que nem me reconheço, mas solidão é tão eu que me parece comum. Viver só, quando toda a alegria deveria ser compartilhada, estando só, reconheço quem realmente sou, minhas mudanças, meus medos e verdades.
 Separei o que deveria separar, reconheci o que precisava entender. Expectativas são feitas para quem é seguro, inseguros vivem de aparências, ou nem sempre. Não há expectativa, não há sensação melhor do que a do descobrimento, dos sentimentos atravessados e da surpresa enorme que se apodera de cada ser quando o melhor acontece. Há quem diga que estou equivocada, mas não estou.
 Sei não, só sei que a saudade me mata.
 E é de amar que me mata a saudade, de me cobrir de palavras sinceras, singelas, simples, e me entender numa noite de chuva.

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