Rio de Janeiro.

Aquele doce som ecoava pela sala, em meia luz, quase escura e coberta por várias cortinas de fumaça que eu mesma exalava.
Estava sentada alí a horas e aquela bossa nova continuava a soar e se fosse preciso, se repetia, em melodias significantes.
Na verdade, se propagava pela madrugada escura lá fora, mais não tão escura assim. Eu enxergava nitidamente aquelas luzes lá embaixo, que iluminavam a praia como um todo, mesmo a escuridão sendo maior, as luzes davam uma beleza a mais para aquela noite.
Era a orla de Copacabana, linda, maravilhosa, indescritivel e que me deixava fascinada de observa-la durante a noite, mas não era ela quem me chamava tanto a atenção.
No fundo, observava-se, em cima daqueles morros, o Cristo Redentor. Tão iluminado quanto a orla de Copacabana e Ipanema, era maravilhoso e deixava aquela vista cada mais linda.
Eu me apagava, na meia luz e continuava naquele estilo nobre-carioca, perdida em pensamentos que não pareciam ter fim, que até se misturavam com aquele Chico Buarque que estava tocando agora.
Era um ecstasy, um prazer imenso.
Luzes de Copacabana, luzes do Cristo Redentor, luzes do Rio de Janeiro.
Que me perdoem, mais preciso de um café para observa-los durante a noite inteira.

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