Julho de 2010.

Era inverno e ora inverno gelado! Na minha cidade, não havia inverno tão gelado, não como esse. Estava eu, de carro, muito movimento na rua pois era tarde da noite... Pessoas seguiam seu rumo para sua casa ou talvez para outra festa na cidade, que vida noturna! Os vidros todos embaçados, estava rodeada por pessoas queridas, desde meu pai até minha prima e minha melhor amiga, sentadas e acomodadas no banco traseiro enquanto observavam o caos das ruas frias. Não eram nem onze horas da noite, não era nem meia noite e aquele transito parecia incomum. O rádio tocava, suavemente, cada canção e cada uma delas trazia um significado. Uma tão agitada outrora tão triste. Enquanto tocava, cansado, essas músicas tão agitadas para aquele sabado a noite, eu continuava a suspirar, esperando ansiosa pela grande noite que prometia muita felicidade. Então tocou, quando aquela melodia começou a soar, parece que de longe eu já reconhecia e no entanto, nem sabia o nome dessa música. "So maybe it's true and I can't live without you, maybe two is better than one..." E por que? Por que uma música que não significava nada de repente entrou no meu peito como uma avalanche pronta para destruir o que viesse a frente? Tanto que nada me restou. A imagem daquela garota, que eu havia perdido para outro alguém, logo se formou em minha mente e para disfarçar, iludia outros com essas palavras, dizendo que significava... Enquanto ela se abraçava com seu amor de olhos verdes, eu era torturada ouvindo essa música que me trazia pequenas e cruéis lembranças dela. Dela quem? Talvez daquela que eu ame e que esteja com seu outro bem. Bem-me-quer-mal-me-quer. Inverno sedento de 2010, congelou o que eu ainda poderia sentir por outro alguém. Que não fosse ela, que jamais fosse ela. E que sofri, ah! Eu sofri.

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