Café amargo e o sol de Ipanema.

Gostava de café. Amargo, de preferencia amargo.
Todo dia de manhã tomava o seu café no mesmo lugar de sempre, em algum canto de Ipanema.
E olhava o mar. E não sorria.
Enxergava o sol da manhã, como laranja. As vezes enxergava como um azul, bem intenso.
Que escurecia então, o céu do Rio de Janeiro.
Mais ele preferia o azul escuro intenso, afinal, o brilho que continha em seu olhar quando observava era maior do que o reflexo do sol no mar.
E contemplava. E admirava. E perdia seu tempo.
Acompanhado sempre de sua solidão, que era sua melhor aliada.
E não se entristecia. Não sabia sorrir.
Franzia a testa, com um ar de sabe-tudo e não sabia nada.
Mas tomava seu café, sozinho, em Ipanema, as 4 da manhã.

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