Maio.

Abril está chegando ao fim, Maio está para se iniciar.
O céu continua azul, as flores continuam exalando seus odores e meus olhos continuam tremulos e assustados.
Minhas mãos, cansadas, se apegam ao bem-mal que me fez todo aquele blá blá blá. E resticulos de conversas. E pensamentos. E memórias. E lembranças.
Que dançavam, com as folhas que caem, amareladas e secas, não tão frias quanto eu, mais que dançavam ao som do vento.
Sem pudor nenhum, era tempo de gritar sua liberdade, fugir daquele lugar e se perguntar se poderia ir até Vênus.
Talvez dar uma volta, talvez conhecer Júpiter ou Saturno.
Talvez desaprender o que sabe sobre a vida para começar tudo de novo.
Pegar sua flor predileta e leva-la consigo, sobre o mar, que lhe sorri uma nova aventura.
Que talvez possa ser uma nova desventura.
Ou não, talvez... Talvez mesmo ele fique por lá.
Mas ainda quer tirar férias nas belas poeiras de Vênus.

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