Essa pequena (ao meu ver).

 Ele voltou pro teus braços, moça? Correu, como se não houvesse um abrigo para a chuva e se escondeu em ti? No que ele chama de abrigo, no que eu chamo de lar, no que você chama de 'abraço'? Poderia ser apenas um refúgio para dias chuvosos mas gosto de me deitar e contemplar os desenhos que fazem no céu durante a madrugada, sem muita vontade de sair, sem muita vontade de querer e nem de ter. Talvez só de você.
 Que bela harmonia, não? Diria eu, se olhasse para um par não tão colorido que está em meus olhos, que dança tango argentino, porque não sabem sambar, talvez porque se amem, mas dançam e no seu vejo um carnaval de flores retalhadas com um sorriso sincero de quem tem medo, de quem se recolhe e se protege numa casca dura, sem se afetar com as tantas invasões que ainda hão de vir.
 Deixe-me te dizer que não pretendo lhe levar muitas flores ou chocolates, nem muitos poemas de amor, nem frases feitas, escritas ou rasuradas. Deixe-me te dizer que fará parte do meu livro, da minha crônica e temo que não possa ser longa ou talvez nem tenha tinta para que possa esceve-la, junto de ti, se quiseres.
 Sem rodeios, sem perguntas, sem muito o que dizer, apenas três palavras. Eu te quero. Quero muito. Se me quiser, te dou muitos sorrisos e talvez algumas lágrimas, mas lhe dou sorrisos, sensações bobas e clichês. Lhe faço um cafuné e lhe deito no sofá da sala para tirar um cochilo durante a tarde, enquanto as cores de seus cabelos parecem se misturar com as cores do céu, deixando um crepusculo para que possamos contemplar quando quiser abrir teus olhos tão azuis.
 Me diga se preciso de muito ou se não preciso de nada. Preciso do teu cabelo cor de abóbora e dos teus olhos azuis.

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