Victoria.

 Seu nome já diz o que realmente é. Victoria.
 Dos meus dias, das minhas noites e dos meus pensamentos.
 Inteligencia e tantos defeitos em comum que se escondem atrás desses olhos verdes que eu gosto tanto, embora nunca tenha os visto assim, de perto, como queria.
 Gosto de pensar que somos assim, Victoria, um dia só, numa noite inteira. Talvez possamos ser uma madrugada qualquer, numa estrada qualquer, acompanhadas por um bom vinho e pelas constelações que nos iluminam.
 Penso em você, como escrevo poesia, seus olhos são labirintos cheios de mistérios e quero tanto desvenda-los que poderia ir além das coisas mais grandes do universo, além do sol para descobrir o que tanto quero nesse olhar.
 E sua voz, tamanha melodia para minha orquestra, que parou de cantar canções solitárias no instante em que você me apareceu. A melancolia foi embora, pediu carona e a miséria se aproveitou.
 O tempo voa, o tempo vem, o tempo corre como nunca, os dias passam e eu espero por você, aqui, em algum lugar dessa cidade escura e acinzentada. Espero um sinal seu para que pare de chover e que o dia clareie como antes, sem frio, sem dores e sem rancores.
 Chegou, Victoria, mistério da minha poesia, da minha rima, você chegou, e agora?
 Faço por que te quero, Victoria, faço você um pedacinho da minha poesia, escrita num lencinho branco cheio de rasuras e imperfeições.
 Escrevo pois não sou perfeita, erro também, mas encontrei você.
 Acertei tanto quando te encontrei que nem pude deixar de notar que sempre foi você.
 Victoria minha.

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