Porque era ela, porque era eu.

 Depois de tudo pelo que ela havia feito com que eu passasse, eu a deixei ir, sem brigas, sem choro e sem nada, eu apenas me conformei com o que considerava certo e deixei que ela atravessasse a porta sem nem dizer adeus... O adeus já havia acontecido há muito tempo e eu nem percebera.
 Dias se passaram desde que nossa enrolação de dois anos e alguma coisa finalmente tivesse acabado. Eu estava bem, eu estava lucida, não queria saber de bebidas e nem de magoas. Eu parecia estar tão bem que conseguia acreditar naquelas risadas que dava, embora muitas vezes, soassem falsas.
 Ela veio me procurar uns dias depois, disse que precisava de ajuda e logo todo aquele sentimento de 'independencia' havia se tornado algo fragil, disse a ela que não precisava se preocupar, eu estaria ali sempre. Quando amamos alguém, não abandonamos assim, nós continuamos, embora precisasse abandona-la, eu não queria, eu não seria capaz de faze-lo, mesmo que ela me magoasse novamente no final de tudo, quando estivesse recuperada.
 Abri os braços e disse que ela poderia vir, estaria com ela independemente do que fosse, não a abandonaria de forma alguma. Parecia que ela realmente precisasse de mim e por mais que eu não precisasse de mais melancolia na minha vida, aceitei a condição de faze-la sorrir novamente.
 Eu disse, eu repeti e trepensei sobre isso: Não vou te abandonar.

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