Quanto tempo faz que a gente não se fala. Quanto tempo faz que tudo o que a gente chamava de "eterno" acabou... Quanto tempo faz que você se foi e eu me reergui em meus próprios passos. Quanto tempo faz que eu fumo esse mesmo cigarro e ainda te ouço reclamar, porque você detesta o gosto que ele tem. Quanto tempo faz que a gente se abraçou e você disse que não queria ir embora no dia seguinte. Quanto tempo faz desde que eu te prometi que nunca iria deixar você de lado. Quanto tempo faz que eu fui embora e você nem sequer me procurou. Quanto tempo faz que as nossas mentiras foram se tornando inúteis e indiferentes. Quanto tempo faz que eu deixei de acreditar que existia um "pra sempre". Quanto tempo faz que a gente não se vê. Quanto tempo faz que eu não ouço mais a sua voz ecoando em minha mente, me pedindo para parar todas as vezes em que brigavamos. Quanto tempo faz que eu não sinto mais a sua falta. Quanto tempo...
Ainda sim, depois de tudo, me lembro do que prometemos. Do quanto eramos ingenuas e acreditavamos que existia sim um eterno, que o amor era preciso, que era sede de aprender e viver, que era algo nosso e que o mundo nunca nos entenderia. Tantas coisas, tantos momentos, tantos suspiros, tantos goles e tantas lágrimas que agora nem parecem existir... São vagas fotografias em minha mente tão perdida nesse mundo em que vivo. Não, eu não sinto saudades. Já senti. Agora não sinto mais. Agora é tanto faz, pois fora tão distante de mim que eu nunca soube como escrever ou como lhe dizer que no ápice de nossos reencontros e desencontros, a gente nem se olhava mais. A gente nem sabia de mais nada. A gente se perdeu na vida. A gente tá fumando cigarros diferentes agora e você não reclama mais do meu. Você até gosta dele agora.
Não sei por onde você anda, com quem está, por onde vai e por qual atalho fugirá, porque chegamos bem perto de nos encontrar novamente. Na verdade, te vi de longe. Você não me viu. Engoli em seco e permaneci seguindo como deveria ser, quem sabe eu até escreva uma poesia ou outra coisa para este momento, quem sabe eu até tenha pensado em lhe chamar. Quem sabe, quem sabe, quem sabe.
Faz tanto tempo que ando descalça que nem sei mais como é tirar um cochilo no sofá da sala.
Se fosse real...

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