Gotas de chuva.

 De dois a dez, eu prefiro quinze. De vinte gotas, eu sou aquela que escorre pela parede branca e se duvidar, eu formo poças. Porque gosto de congestionar, crescer e aglomerar, mesmo que a chuva passe e o sol volte a brilhar, secando as mais fracas, eu continuo lá e hei de crer que vai passar.
 De um a vinte, eu gosto das quatro. Porque o meu crepusculo é lilas, mas eu não gosto de cores, porque sou transparente, mas quando anoitece, eu me camuflo com algo bem parecido comigo. Só é salgada, porém, juntas, somos neutras. Porque ela é pequena e eu sou grande. Ela é minha e eu cuido dela. Mesmo que suma na manhã seguinte, ela sempre dá um jeito de voltar durante a noite. Não importa se esteja frio ou se esteja calor, se é primavera ou se é outono, se não chove. Ela sempre acaba por voltar.

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