Infinito labirinto azul.

O que lhe esconde atrás desses olhos castanhos? Desse sorriso tão branco quanto as nuvens? O que lhe esconde?
Ah, mas quando me olha parece impossivel! Te cala e sorri, diz em miúdos, pequenas palavras, curtas num sussurro. Não me faz entender, só me faz crer.
Teus cabelos negros, curtos, cobrem perfeitamente o que lhe diz respeito a beleza, encaixa - se enquanto teus lábios avermelhados e grossos, beijam outros. Traiçoeiros lábios que me levaram a loucura.
Quando lhe tocava as mãos, lhe tocava o mundo inteiro! Me fazia e refazia, criava e desfazia, mudava e trocava, olhos tristonhos com medo do medo de ser feliz. Porque nunca quis.
Levanta - se tão alta, capaz de enxergar o mundo! Voa e pousa sobre as transparentes aguas correntes, se ve em solidão e se volta para o seu lugar. Descansa e se acordar, parte.
Inconstante como as folhas no outono. Cai mas sempre acaba brotando novamente. Gosta de surpreender, é indecifravel. São labirintos que te cercam e ela te espera no fim, sentada, com suspiros infinitos.
Ah, por que ela é tão amarga quanto meu café? Tão calma quanto as drogas que me possuem? Como ela pode ser algo que quero tanto? Me sinto um simples ser humano apaixonado por um grande mar azul, de olhos castanhos.
E ela me leva. Eu deixo. Ela me faz crer. Eu creio. Sou cego. Ela me guia.
Funciona assim meu amor por ela, ela é assim e não tem fim.

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