Tenho dito que não sei de nada e que hoje não vou respeitar nenhuma regra de pontuação, acentuação, como eu sempre faço. Tenho dito que fico mastigando as verdades e cuspo-as como se fossem totalmente insignificantes. Tenho dito que lhe escrevi um conto de trás pra frente. Tenho dito que... Você e... Eu que... Tudo que... Tenho dito demais.
É o suficiente pra me fazer aprender a velejar sozinha e se a tempestade vier, que venha com força para que derrube e rasgue as minhas velas. Para que eu não precise continuar e possa apenas olhar o meu farol adiante, que no caso, é você. Que nem sabe o efeito que tem. Quiçá nem se importa com isso. São muitas turbulencias para um voo só.
E se a neblina chegar, quem sabe eu possa me calar. Quem é que vai me ouvir? Aposto que não será você quem tentará me salvar e no final do dia, não será pelo meu sorriso que você voltaria satisfeita pra casa. Nem sabe que ele é um pouco mais significante quando é com você. Nem sabe o desconforto que me causa ouvir seu nome como se fosse um alguém qualquer. Pros outros é, pra mim não é. Sei lá, sei lá e sei lá.
Sabe-se lá eu só precisava dizer. Meu silêncio é tudo. Você sabe que eu sei e eu sei que você sabe.
Estranho mesmo é olhar pra você assim e não conseguir parar e imaginar se um dia você estaria com alguém como eu, que vive de palavras tolas em busca de uma compreensão quase que insignificante para muitos. Estranho mesmo é saber se você se apaixonaria por poetas. Por mim.
E ainda me perguntam porque acho tanta graça nesse sorriso seu. Seu meio termo. Seu meio tudo.
Seu meio eu.
Canudos.

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