Sentimentos nos olhos cor-de-fogo.

Escrevo novamente sobre uma certa garota pela qual meus olhos se encataram da vez que a viram.
Se tornaram dependentes daqueles olhos, de observa-los enquanto puderam e de observar outros pequenos detalhes de uma imensa confusão, de um labirinto sem saida, de um sonho em que eu gostaria de me perder e eu nem sei o que realmente aconteceu.
Quando a conheci, meu coração pertencia a tantas outras que não seria só a ela a quem me renderia, não me renderia a ninguém! Não acreditava em tal bobagem gigantesca que era o 'amor', que coisa clichê e boba, de quem acredita em contos de fada. E me enganei.
Era a mais orgulhosa, extremamente orgulhosa. Durona também. Tanto que muitas vezes me cegava naquele seu labirinto ao qual eu não conseguia sair e bem, eu já sabia o caminho de tantos, por que aquele justamente seria diferente? Era uma confusão qualquer vista a meus olhos, a minha voz e ao meus lábios, aflitos, que se roçavam a cada instante quando ouvia sequer uma palavra daquela outra voz, que já parecia um vício de tão doce, de tão calma e com uma risada tão confortante...
E me irritava de um tanto! Me usava e desusava e fazia o que queria, enquanto me perguntava o que havia de errado com aquela minha mente que costumava voar para vários cantos e não conseguia desvendar uma simples catastrofe na qual havia me metido. Sozinha, sem ajuda e sem ninguém. Eu estava naquele labirinto tão perdida quanto um soldado americano no vietnam. E me sentia ameaçada. Extremamente ameaçada e assustada e de tão estúpida, nem percebi... Já estava agarrando, sem nem ver, aquela oportunidade que a vida me trouxera de um 'amor'... Droga, essa coisa existe então? Não é bobagem de contos de fadas? Não, não. Isso existe e acredite, não é bobagem de contos de fadas.
Era agonia, era tristeza, era felicidade por pequenas palavras que ela me dizia e me iludia de um tanto, depois fugia, sumia e nem voltava pra dizer adeus. Ia embora e nem se preocupava, ia para outros cantos enquanto eu continuava sem me mover. Não havia para onde fugir, já era um pouco tarde para querer sair de algo que não se quer desistir... Meu bem, desde tanto tempo, eu queria tanto te fazer sorrir.
E ela se envolvia com outros e me deixava sozinha, tentei fugir e me refugiar para a floresta mais próxima, tentando fugir daquele labirinto que me torturava de um tanto... Consegui. Um mês sendo torturada, destruída e mesmo assim, continuava dependente. Cigarros, cartas, bebidas, mentiras, beijos, sexo e era o fim do mundo.
Caramba, o que ela fez comigo? Acredito no que nunca acreditei e faço o que posso e não posso por um outro olhar que nem fazia sentido. Um outro olhar que acabou por ficar. Um outro olhar que me prendeu e me fez mergulhar naqueles olhos cor-de-fogo como se não fossem nada. Como se fossem tudo. E me queimar naquelas chamas de amor que brilhavam naqueles olhos, que a mim, não diziam nada, mais que os meus, diziam tudo. Eu a queria, eu a quero tanto. Quero aquele sorriso e aqueles defeitos todos, quero aquele olhar, aqueles cabelos ruivos, como o fogo de teus próprios olhos, quero aquele abraço apertado novamente, quero teus beijos envolventes e molhados, quero teu fogo, teu calor, tua alma e te quero como minha... Te desejo tanto quanto uma droga, um vicio qualquer. É a minha droga predileta, do vicio que me faz mal e me faz tão bem.
Teu lindo orgulho, tua liberdade, tuas mãos tão lisas que me guiavam ao paraíso, tua voz tão doce quanto a melodia da mais linda das canções, teu único amor e te quero por inteiro.
Me queimar nos seus abraços, pois não vou mentir, garota dos olhos cor-de-fogo, sinto por você da maneira mais forte possível, aquilo que nunca havia sentido antes, aquilo que chamam de clichê e de bobagem, aquilo que chamam de contos de fadas... Aquilo mesmo que chamam de amor.

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