Hoje resolvi interpretar uma pequena frase do grandioso autor Chico Buarque de Holanda, que chamou muito a minha atenção.
Na sua música "João e Maria", Chico diz que pela sua lei, eramos obrigados a ser feliz e como tudo e mais um pouco, a frase decidiu me encomodar por um bom tempo.
Engraçado seria se não existisse melancolia, se todos os homens pudessem sorrir sem usar suas rotineiras mascaras de convivio social, se o cigarro não fosse tão prazeroso a ponto de acalmar alguém, se as músicas de amor seriam todas iguais, de maneiras diferentes, mas todas iguais.
E era de se esperar que até os mais lindos olhos, olhariam os meus com um certo 'desprezo' por pensar que pela lei de Chico, todos eram obrigados a ser feliz... Menos ele, menos eu. É apenas uma lei. Mais uma lei a ser infrigida por rebeldes, que possivelmente conheceriam a dor de perto e seria um transtorno caso um deles se apegasse demais a essa incrivel 'melancolia' tão diferente dos sorrisos brilhantes que estava acostumado a ver. Como seria punido? Seria punido por estar na melancolia? Pois algo que aprendi é que quando ela vem, ela nunca mais vai embora e se torna sua companhia. Sua eterna companhia. Nos momentos mais dificeis, lá está a melancolia.
Infelizmente, o sonho de ser obrigatoriamente feliz é utópico demais para mim.
A melancolia tomou conta de meus olhos sedentos que há muito tempo não enxergam brilhantes... Nem nos olhos daquela mulher.
Pela lei de ser feliz.

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