Da alma pro eu lirico.

- Me rendo. - Disse diante a confusão daqueles olhos pertinentes que me queimavam, me fitavam como bolas de fogo, como raios de sol, me aqueciam e me deixavam pequenas marcas, leves, ardidas, avermelhadas como meu sangue, que corria aflito pelas minhas veias, demonstrando tamanha necessidade de fugir de um desespero que me acorrentava e naquele instante, era hora de me calar.
- Você venceu. Sou fraca diante tamanha grandeza, sou fraca diante seus poderes. És a mais poderosa. - Já havia me rendido ha muito tempo, desde que tal sentimento tomou conta de cada poro de meu corpo, transformando-me em um ser tão vulneravel e tão insensivel, buscando por respostas imediatas, as quais se foram com a maré e já se foram há muito tempo atrás. - Amo você, de qualquer forma e isso me mata. - E não menti. Não menti.
Ela dizia ser tão egoísta e é, quando vai-te embora depois de um agrado, depois de suprir suas estranhas necessidades, seus desejos, usando-me como seu objeto de diversões. Era pra ela como o fogo do sexo, aquela paixão intensa na hora do ato mais prazeroso e que se apagava rapidamente, como se nunca existisse nenhuma chama. Como se nada acontecesse. E vai embora logo pela manhã ou a hora que quiser e eu me mantenho calada, aflita, esperando pela sua volta.
As rosas vermelhas que te mandei são pigmentos de um sentimento intenso, poderoso, que há muito tempo não sabe o que é se apagar. Ele está tão presente em mim quanto você e isso é péssimo, pois não quero sua ausência.
Meu bem, faça um pacto comigo. Me ame para sempre e deixe aquele fogo todo ser eterno e não momentaneo como você sempre faz. Me ame e me devore nos teus olhos malditos, deixando cicatrizes e a dor de um amor que jamais se recuperou.
E por favor, não finja que se importa.

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