Faz tempo. Faz tempo que eu não escrevo nenhuma bobagem, que não tento nada, que não me inspiro, que não vejo mais nada além do meu nariz. Sei lá. Tô meio pra lá, tô meio pra cá, tô meio que no "nada". Não tenho nada.
Engraçado que pra você, eu também parei de escrever. Pensei que as palavras não pudessem mais me ajudar a dizer qualquer coisa, talvez achasse desnecessario, embora saiba que a melhor forma é continuar de cortinas fechadas, pois o espetaculo pode acabar se tornando macabro. Pensei que rasuraria, pensei que pensaria antes de dizer qualquer coisa, mas não penso.
O pior é "pensar" que tudo poderia dar errado se eu apenas dissesse algo. Que eu poderia acabar com tudo e fazer o vento te levar pra longe. Fazer algo que provavelmente não dê certo, já que faço isso melhor do que qualquer um. Tenho essa vantagem, creio eu (ou que não creio, porque odeio foder com tudo como sempre faço).
Sabe, se eu escrevo, é porque talvez ainda há muito o que se ver. Talvez ainda goste de lhe admirar mesmo sabendo que nunca será parte de mim como quero. Talvez ainda goste do seu cheiro (eu adoro esse perfume que você usa, ele é perfeito pra você) e do seu sorriso que consegue ser mais sincero do que palavras proferidas quando se olha nos olhos.
Talvez saiba desvendar. Talvez queira beber comigo e depois me deixar te olhar. Te entregar uma flor mais bonita e estender a mão para que possa, quem sabe, andar comigo. Uma caminhada alí ou pra lá, aonde você quiser que eu te leve. Uns sorriso quem sabe, violão, bossa nova, você, eu e uma vontade imensa de te ter por uma vez.
Devo estar sentimental demais hoje. Apenas isso. Apenas um pequeno efeito de sabe-se lá o que.
Um efeito seu.
Um talvez.
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