Afaga esses cabelos que não te pertencem e tira os olhos dos olhos dela.
Esquece dos lábios que não te beijam e lembra-te dos que te engolem.
Apaga a voz suave, as melodias tristonhas, do jazz, do clássico.
Solta esse sentimento traiçoeiro que tanto te sorri, desconfiado.
E pira. E pula. E fuma. E morre. E grita. E chora.
Nada acontece.
Repete. Repete. Repete que te espero.
Repete que te amo e que vivo assim.
Apenas vivendo do teu viver, sem mim.
Dias são dias. Não me acorde.
Uns dias.

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