Eu queria ser poeta. Eu queria ser escritor.
Queria fumar meu cigarro de manhã. Virar noites escrevendo coisas que fizessem sentido, ou até mesmo que não fizessem sentido algum.
Eu queria o amor que a sociedade tanto incentiva. Eu queria saber dar aquele sorriso maravilhoso que todos contemplam.
Queria admitir meus erros com facilidade. Parar de ser tão orgulhosa e tão boba, dizer o quanto sou covarde, o quanto sou teimosa, o suficiente para lutar por aquilo que tanto aspiro.
Eu queria um herói. Aquele igual dos quadrinhos.
Que salva a todos, quando estão em perigo. Que são reconhecidos pela sociedade, são admirados e fazem tanto mistério quanto a si mesmo.
Eu queria uma idéia coletiva. Uma preocupação.
Queria a união da sociedade lutando contra aquilo que realmente a encomoda. Uma zona qualquer, uma forma diferente de chamar a atenção para os problemas que acontecem e que ninguém vê.
Eu queria sangue. Eu queria lágrimas.
Queria vingança, sabe-se lá do que. Queria aqueles braços novamente e uma saudade imensa que me envolve. Queria te rever.
Eu queria que me amasse. Eu queria que suspirasse.
Queria ver lágrimas em teus olhos toda vez que te recitasse um pequeno poema ou lhe escrevesse bobagens de amor. Apaixonada. Cega.
Eu queria você. Eu quero tanta coisa.
Quero tanto e posso pouco que ainda quero mais.
Eu queria ser poeta.

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