Ciúme.

Suas mãos me persuadiram e faziam com que eu pensasse algo, gritando, calada, com um timbre diferente daquele que costumava ouvir.
Um fogo tomava conta do meu ser-interno, das semelhanças entre meus sentimentos de angústia e traição. Um ciúme fora do normal e alguns olhos cegos de enxergarem a realidade lá fora.
E pensavam como quem sentia, algo diferente, talvez, do que acreditava e se abraçava na madrugada fria e silenciosa, que ecoava pela janela, trazendo para dentro a brisa repentina com todos as palavras de quem chorava, reclamava ou amava friamente, deixando-se estar, sem nem ao menos duvidar que era aonde queria estar.
Olhos nos olhos. Cabelos acompanhavam o vento e a fumaça da cidade grande que me drogavam e me trancavam os lábios, sem nem ao menos proferir o que gostaria.
Garganta seca, um vinho, dois vinhos, três vinhos e é o fim da linha. Ainda não cheguei lá.
Que ciúme, que ciúme.

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