Bobagem diária.

 Eu digo o que é, digo o que não, digo no que exatamente, eu acredito.
Se pudesse, assinaria com um pseudônimo de mim mesma, tornando-me mais uma simples imagem de minha cabeça. Um pensamento. Uma colocação. Uma bobagem das milhares que rodeiam a minha vida. Dos meus desejos fúteis.
 Não sou um Caio Fernando, não sou uma Cecilia Meireles, não sou uma Clarice Lispector e muito menos um Fernando Pessoa, gênios da literatura que me inspiraram a sentir somente aquilo que um poeta ou um escritor sente. Aquela dorzinha que ninguém vê, no fundinho da alma e talvez, no fundinho daqueles olhos monótonos e cheios de lágrimas e isso já era de costume. Exatamente como observar aquele mesmo rosto no espelho todas as manhãs, até esse mesmo espelho se quebrar e o reflexo todo ir embora, como era de se esperar.
 Os olhos de quem vê, nunca são os olhos de quem os enxerga. Não são todos que possuem um mesmo brilho, talvez uma aspiração para uma coisa qualquer, cotidiana ou não.
 Seja lá como for, já soltei as mãos e estou no mundo em que os fantasmas da sociedade, me assombram.
 Talvez eu vá por alí, ou por outros cantos... Talvez eu queira mesmo é ir com a única mão que eu precise segurar: a sua.

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