Gosto de pensar no vice-versa. Vice-versa, versa-vice, gosto de pensar em maçãs, em amanhãs.
Dias como esse, talvez, refletem passo a passo dos planos malignos de minha utopia, meu plano de guerra, de invasão e destruição. Destruição em massa. Flores queimadas e talvez alguns bombons espalhados pelo quarto escuro, alguns gemidos e a famosa invasão, talvez uma vazão de sentimentos que a gente nem conheça mais, algo que também não faz o menor sentido.
Cafés, canetas, lenços de bar com poemas feitos e frases feitas, com aquela letra assustadora e a falta de simetria entre elas, algumas rasuras, alguns borrões e nada disso importa, escreve-se alí qualquer besteira que se queira entender (ou que não precise ser entendido), como algo subentendido para alguém que esteja há dois mil quilometros de distancia. Quão longe isso poderia ser?
Por fim, rasgaram-se os poemas e as promessas também, rasgou-se tudo o que restou e rasurou pequenos detalhes antes nunca percebidos, contudo deixa-se entender que ainda existe alguma coisa. Talvez as manchas de café borrem as palavras, talvez o tempo... Talvez o tempo leve consigo esse lenço de bar, talvez o tempo entregue até você, talvez o vento, talvez o café, talvez sua sopa de letrinhas. Talvez eu, talvez ela e eu nunca soube explicar porque. Porque era eu, porque era ela.
Lenços de bar.

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